sábado, 13 de julho de 2024

Hoje é dia de rock!

 


Quem é Bob Geldof?

Por Carlos Vinicius Marins
(Publicado no Facebook em 13 de julho de 2017)


 Saiba mais sobre o principal responsável pelo Dia Mundial do Rock 


É possível que você saiba que o dia 13 de julho foi escolhido para ser o Dia Mundial do Rock devido ao Live Aid, um grande concerto de repercussão mundial que ocorreu neste dia em 1985 (caso não saiba do que estou falando, de uma olhada aqui). Mas as chances de você saber muita coisa sobre o cara por trás desse acontecimento são remotas. Quem é afinal Bob Geldof? O que ele fez na vida além do Live Aid?


Bob: um punk irlandês com ideias e ideais


Robert Frederick Zenon Geldof era um jovem irlandês que participou ativamente do movimento Punk que explodiu no Reino Unido e estabeleceu uma página importante da História do Rock em 1977, quando surgiram as bandas seminais do gênero. Naquele ano ele já era o líder, compositor e vocalista de sua própria banda - a Boomtown Rats - e lançou o seu primeiro single: “Lokin’ After No. 1” – que já era o que hoje consideramos ser uma canção New Wave. “Rat Trap”, uma canção de seu segundo álbum, lançado em 1978, foi o primeiro hit de uma banda irlandesa a alcançar o número um das Paradas do Reino Unido. Foi também a primeira canção de uma banda Punk/New Wave a alcançar esse posição. No ano seguinte a banda lançou aquele que seria o seu maior hit: “I Don’t Like Mondays”. Atingindo o primeiro lugar no Reino Unido e em cerca de trinta países, a música foi composta por Geldof em resposta a um ataque a tiros em uma escola da Califórnia realizado por uma adolescente. Sua declaração a um repórter, de que praticara aquele ato porque odiava as segundas-feiras, chocou o compositor. Aquele foi considerado o primeiro ataque a tiros registrado em uma escola. 


Bob Geldof como o roqueiro Pink: Opera Rock



Mas Bob Gedof tem outro lugar reservado na história da Cultura Pop, também intimamente ligado ao rock. Em seu único papel marcante como ator, ele encarnou no cinema Pink, o protagonista de uma uma das maiores Óperas Rock de todos os tempos: “Pink Floyd: The Wall” (1982), saída da fervilhante cabeça de Roger Walters, o líder do grupo de rock progressivo, e dirigida com maestria por Alan Parker.


Os Boomtown Rats já não emplacavam sucessos nessa época. A ascensão do New Romantic, a saída do guitarrista Gerry Cott e o lançamento de álbuns menos inspirados contribuíam para isso. Mas, apesar de sua elogiada interpretação de um astro de rock com infância complicada, vazio existencial e a poucos passos da insanidade, Geldof decidiu que aquele não era o seu caminho. Segundo ele, sentindo-se abalado com as notícias que via na TV sobre a pobreza e a fome na Etiópia, acreditou que precisava fazer alguma coisa. O resto é história.



Boomtown Rats no auge do sucesso


Após o Live Aid, Geldof decide também deixar os Rats para uma carreira solo. Sem ele e com outros membros se dedicando cada vez mais a projetos paralelos, o grupo se separa. Nao conseguiu emplacar mais sucessos, mas lançou uma autobiografia que virou um best-seller e se torna uma das maiores celebridades da Grã-Bretanha. Comunicador nato e com bom relacionamento no mundo do entretenimento, Geldof acabou abdicando de seu carreira de cantor e continuou se dedicando a causas sociais como o fim da pobreza, o combate a Aids e o perdão das dívidas do países do Terceiro Mundo. Por esse seu trabalho ele ministra palestras em todo o planeta e ganhou diversos prêmios internacionais. 

Enquanto isso, suas finanças vão bem, obrigado. Seu lado menos conhecido de homem de negócios da TV lhe possibilitou ganhar uma boa fortuna. É um dos donos da produtora de TV inglesa Planet 24 e da empresa de gêneros alimentícios 8 Miles, que fabrica e vende biscoitos na Nigéria. 

Sua vida particular atribulada, porém, prova que o sucesso não é tudo na vida. Seu divórcio conturbado da apresentadora de TV Paula Yeats e a morte dela e de uma das filhas do casal pelo mesmo motivo (overdose de heroína) fez com que ele chegasse a pensar em se suicidar. Mas ele parece ter encontrado uma saída para a depressão: o bom e velho rock’n roll. Para a surpresa de muitos, acabou reunindo velhos membros do Boomtown Rats e está em turnê com eles desde 2016. Ao contrário de Seu personagem, o roqueiro Pink, para Geldof o rock parece ser a solução dos problemas e não uma forma de escape. Que ele seja feliz.


Boomtown Rats hoje em dia: o bom e velho Rockn Roll







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