quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Clássicos: Um Lobisomem Americano em Londres (1981)

 


Lua azul

por Alexandre César

Clássico da fusão horror-humor permanece atual


David Kessler (David Naughton de Detroid, a Cidade do Rock) e Jack Goodman (Griffin Dunne de Depois de Horas), dois estudantes americanos, estão de férias na velha Inglaterra, viajando de carona, e acabam passando ao anoitecer no vilarejo remoto East Proctor. Ao entrar na taberna local, O Cordeiro Massacrado (que tem um pentagrama de proteção pintado numa das paredes, entre duas velas), têm uma recepção hostil por parte dos habitantes locais, que não querem interagir com nada nem ninguém de fora. Não se sentindo bem-vindos, eles vão embora, atravessando a floresta em plena noite de lua cheia (apesar das recomendações para permanecerem na estrada). Após começarem a ouvir uivos cada vez mais próximos, eles são atacados por um animal violento, que trucida Jack e morde David, que escapa apenas porque alguns habitantes do vilarejo atiram na besta. David, desorientado de dor, pouco antes de desmaiar, olha para onde deveria estar o animal morto e vê apenas um homem nu baleado múltiplas vezes. 
 
Curtindo a vida: Os amigos Jack Goodman (Griffin Dunne) e David Kessler (David Naughton) estão viajando de carona na "Velha Inglaterra"

 
Durante a sua recuperação no hospital, em Londres, David engata um romance com a bela enfermeira Alex Price (Jenny Agutter de Fuga no Século 23) e à medida que os dias passam começa a ter sonhos estranhos e violentos, e têm visões do falecido Jack. Seu finado e desfigurado amigo lhe diz ter virado um zumbi, estando condenado a vagar no limbo, amaldiçoado por ter sido morto por um lobisomem e, após desabafar que "Debbie Klein" - garota que ele gostava e queria “pegar”- "para se consolar da mina morte, acabou transando com o mané do Mark Levine!" - ele então, aconselha David a se matar, pois na próxima lua cheia ele vai mudar, e virar um monstro que continuará esse ciclo de carnificina. David, fala dessas alucinações ao Dr. J. S. Hirsch (John Woodvine de Os Demônios) seu médico e à medida que vai chegando a noite de lua cheia o jovem irá se ver numa situação ao mesmo tempo trágica e irônica...
 
 
Os rapazes não se sentem bem-vindos na  taberna local e decidem seguir adiante, mesmo na noite escura, com consequências trágicas

Jack é cruelmente assassinado por uma fera enquanto David se salva por pouco

 
Escrito e dirigido por John Landis (Os Irmãos Cara-de-Pau) Um Lobisomem Americano em Londres (1981) resgata o clima fabulesco dos clássicos do horror da Universal dos anos 30 e 40, com a fina ironia e o mais rasgado senso de humor dos anos 1980, aliado à notável expertise do mestre dos efeitos especiais de maquiagem Rick Baker, aqui no seu auge criativo, dando uma nova dinâmica ao subgênero “filmes de lobisomens". Este filme, junto com Grito de Horror*1 de Joe Dante, também de 1981, mostraram que, os desacreditados licantropos, eram algo realmente assustador e capazes de causar muito dano.
 
 
O Dr. J. S. Hirsch (John Woodvine) e a enfermeira Alex Price (Jenny Agutter) cuidam do traumatizado David

 
Egresso do pesadelo logístico que foi a aventura dos Irmãos Blue, cujo sucesso lhe deu cacife para vôos mais autorais, Landis quis revisitar e homenagear um gênero em baixa: o horror, mas especificamente, os filmes de lobisomem, prestando homenagem na estrutura de seu roteiro ao clássico de 1941, O Lobisomem de George Waggner, que imortalizou Lon Chaney Jr. Em sua performance do atormentado Lyle Talbot, e cuja caracterização a cargo do mestre Jack P. Pierce, permanece como referencial até hoje na história do gênero.
 
 
Entre sonhos estranhos e a visita de seu findo amigo Frank...

...David  questiona sua sanidade, ainda mais que Frank o aconselha a suicidar-se

 
A ideia do roteiro veio de duas fontes distintas: Uma, era uma história que escrevera quando adolescente, em que o protagonista tinha um romance com uma atraente enfermeira; a outra, foi quando na Iugoslávia, quando era assistente de Os Guerreiros Pilantras (1970) de Brian G Burton, com Clint Eastwood, Telly Savallas e Donald Sutherland, presenciou um enterro cigano, onde o falecido era sepultado numa cova de grande profundidade, forrada de alho, para que “ele não voltasse dos mortos”. Junto à esta mescla de idéias, veio a de situar a ambientação na Inglaterra, berço de “Jack, o Extripador”, da literatura gótica e das “Penny Dreadfuls”*2 , mas na época atual, mostrando o choque cultural entre o Novo e o Velho Mundo, com muito humor para disfarçar a trama macabra que não tem um final feliz.
 
 
Alex gradativamente vai se afeiçoando a David...

 
Landis levou cerca de oito anos para conseguir o financiamento de seu roteiro e desde o início, queria que o responsável pela maquiagem de transformação do lobisomem ficasse a cargo de Rick Baker, com quem havia trabalhado em Schlock, The Banana Monster (1973), filme de baixo orçamento que ele além de dirigir, havia atuado, vestindo o traje criado por Baker, e nesta época combinaram de trabalhar num filme que resgatasse a glória dos licantropos.
 
 
... engatando um romance entre os dois

Logo Frank retorna a visitar David alertando-o que a Lua Cheia chegará...

 
Uma vez conseguido o orçamento, definida a equipe e escolhidos os “garotos"*3, Landis teve de lidar com a rígida legislação trabalhista inglesa, que permitia apenas quatro profissionais americanos trabalhando em cena (Landis, Rick Baker, David Naughton e Griffin Dunne *4), tendo de contratar mão-de-obra inglesa, que tinham horários bem determinados de início, fim de horário de trabalho e intervalos.
 
Até a data da virada da lua, David se sente bem, apesar da falta de fome...

 
A forma como o filme evoca os clássicos da Universal, se reflete nas cenas da abertura, de clima bucólico (ao som de "Blue Moon" cantada por Bobby Vinton), onde a fotografia de Robert Paynter (Scorpio) capta a beleza melancólica da paisagem rural do norte da Inglaterra, embalada pela música de Elmer Bernstein (Apertem os Cintos, O Piloto Sumiu!) que tem uma playlist de canções que sempre tem a palavra “moon" (lua) em suas letras*5. Além das cenas oníricas de seus sonhos*6, durante sua gradual transformação, e enquanto leva o seu romance com Alex*7 (ao som de “Mondance” por Van Morrison), o clima é perpassado pela atmosfera do seu tema de suspense, que reflete o clima da taberna de East Proctor onde seus frequentadores assustados (tal qual os aldeões dos filmes da Hammer) vivem procurando esconder o segredo maldito de sua comunidade.
 
 
...mas quando o astro surge nos céus, ele é inundado por uma dor alucinante...

... de sentir seus ossos, músculos se esticarem, reconfigurarem-se...
 
Curiosamente, a primeira sequência filmada foi o pornô fake “Se You Next Wednesday”*8 que rola no cinema pornô em Picadilly Circus, na cena em que ele interage com Jack e os fantasmas de suas vítimas da noite anterior.
Baker ao longo da produção discutiu muito com Landis à respeito do aspecto do lobisomem, pois Landis queria algo semelhante a um cão monstruoso, remontando às figuras dos “cães do inferno” da literatura e folclore inglês, quadrúpede, enquanto Baker queria um ser bípede, por acreditar que lobisomens andariam sobre duas patas. Ao final, ele acabou fazendo um lobisomem quadrúpede semelhante à um cão, tendo tirado muitas inspirações de Bosco, seu cachorro, utilizando o seu conhecimento de anatomia comparada para criar um ser verosimil. 
 
 
... sem que ele possa fazer absolutamente nada!!!

 
Ao final, superadas as divergências, Baker acabou reconhecido pela melhor sequência de transformação de lobisomem já feita na história do cinema, sendo uma cena tensa, feita num ambiente iluminado, coisa que na maioria das vezes sempre é num ambiente cheio de sombras (para ocultar defeitos) o que inclusive, não o deixou muito satisfeito, ao perceber que todo o trabalho que teve na montagem da cena de transformação do rosto de David foi visível durante poucos segundos na tela, devido à edição de Malcolm Campbell (Os Irmãos Cara-de-Pau) que intercalou os vários takes das etapas da transformação, em segundos excruciantes, que palpitam e, explicitam a dor de ter ossos remontados, se alongando, seguidos pela pele e os músculos, adotando uma nova reconfiguração (coisa que deve mandar a consciência de qualquer um para o limbo...) emoldurado pela versão de "Blue Moon" cantada por Sam Cooke. O impacto dessa cena é preparado pelo momento anterior, quando ao som da irônica “Bad Moon Rising” por Creedence Clearwater Revival vemos David, sozinho no apartamento de Alex, passando o tempo, procurando algo na TV, olhando a geladeira (e nas três vezes mostradas, não tem fome), se encarando no espelho, e quando vemos Alex no hospital, contando uma história para adormecer um garoto que só fala “NÃO!” e vemos pela janela uma grande lua cheia, cortando de novo para David, quando ele explode em dor e, temos a transformação. 
 
 
Toda a sua consciência vai sendo extirpada à medida que a dor...
... vai moldando o seu corpo em algo primitivo e brutal...

 
Ao longo das filmagens as longas sessões de maquiagem de Jack como um zumbi, preocuparam Dunne, que temia pela reação de sua mãe, ao ver nas telas o seu filho querido como um cadáver mutilado.
 

... algo que quer correr à noite e saciar sua fome!!!
 
 
Os figurinos de Deborah Nadolman (Os Irmãos Cara-de-Pau) marcam a dinâmica entre David e Jack, que, no início com seus casacos de cores vivas (David de vermelho e Jack de verde) tem um “quê” de dupla de heróis de história em quadrinhos, o que contrasta com os trajes sóbrios de cores terrosas e frias do resto dos personagens, atestando as diferenças culturais ente América e Inglaterra, da mesma forma que a direção de arte de Leslie Diley (Alien – O 8°Passageiro) marca os ambientes funcionais do hospital de Alex, cujo apartamento pequeno e aconchegante define a sua auto-imagen (“- Lembre-se de que sou uma operária!” diz ela ao classe-média David) e o ambiente decadente do cinema pornô do ato final, e a taberna O Cordeiro Massacrado, que remete às estalagens de filmes da Universal, da Hammer e até, dos filmes de Sherlock Holmes como O Cão dos Baskerviles (1939 e 1959). 
 

Uma das melhores sequências do filme é esta perseguição à  um incauto dentro de uma estação de metrô deserta. Só vemos o ponto de visto do lobisomem...

...que só aparece no finalzinho, de longe (reparem que no último segundo até aparece  o pé do manipulador do boneco)


A produção soube também fazer um bom aproveitamento das locações como na sequência da perseguição nos subterrâneos da estação do metrô onde se dá o ataque a um homem (Michael Carter, o Bib Fortuna de Star Wars) ou até mesmo a cena rodada no zoológico de Londres, com lobos reais, que foi feita em um único shot (David Naughton fêz a cena às pressas com medo de sofrer um ataque), fora a arco final em Picadilly Circus, que culmina no caos provocado pelo lobisomem, onde morrem mais pessoas pelas batidas dos carros do que por suas presas, até culminar em seu fuzilamento diante de Alex, num beco sem saída, enquanto ela vê seu amado voltar a forma humana e, num tom de ironia, fecham os créditos ao som de "Blue Moon" cantada por The Marcels onde ao final há uma gentileza (e meio pedido de desculpas) para com a família real*9 e assim se encerravam os 97 minutos dessa pérola de cerca de US$ 10 milhões de orçamento que faria 
história...
 
No dia seguinte David acorda nu na jaula dos lobos do zoológico de Londres
 
 
 Ao ser lançado nos cinemas em 21 de agosto de 1981 (só chegaria ao Brasil em 25 de agosto de 1983), Um Lobisomem Americano em Londres teve recepção mista por parte da crítica especializada embora no geral favorável. Em base de 6 avaliações profissionais, alcançou no site Metascore alcançou 60% de aprovação, enquanto na avaliação do site Metacritic, alcançou uma nota de 7.9 por votos dos usuários recepção do público, arrecadando em seu final de semana de estreia cerca de US$ 3,786, 512,0.
 
 
Ao se conscientizar do que fêz, David reencontra Jack (mais carcomido ainda) num decadente cine pornô em Picadilly Circus

Logo a lua cheia chega e David se transforma, e a polícia interdita o local...

 
O filme fez um sucesso considerável em seu lançamento, arrecadando em torno de US$ 30 milhões de bilheteria e com o passar do tempo, quanto mais pessoas o conheciam, maior era o seu reconhecimento, atingindo a posição de um dos melhores filmes de horror dos anos 1980, tendo chamado a atenção de muitos fãs e de outros artistas, destacando-se o Rei do Pop Michael Jackson, que chamou Landis para dirigir o agora clássico videoclipe “Thriller” (aquele com a narrativa e a risada de Vincent Price), e para assegurar o mesmo impacto, Landis trouxe no bojo toda a sua equipe: Robert Paynter na fotografia, sua esposa Deborah Nadolman nos figurinos, o músico Elmer Bernstein e é claro, Rick Baker para transformar Jackson num licantropo e, num zumbi, cuja legião de mortos-vivos tornou-se uma das coreografias mais marcantes da década, sendo imitada ad nauseum nos anos seguintes por inúmeros filmes e programas de TV *10.
 
 
...mas ele se solta, e logo "toca o terror" mordendo, dilacerando e fazendo coisas de lobisomem

 
Assistindo a cena num cinema é, vendo o seu impacto na platéia, que aplaudiam incansavelmente a cena, Baker reconheceu que o seu descontentamento era sem razão. O filme inaugurou a premiação oficial do Oscar para a categoria de maquiagem*11, com Baker ganhando de lavada e, sendo o profissional mais agraciado com o prêmio em sua carreira (12 indicações, sendo 7 vezes premiado) sendo o único profissional que por duas vezes ganhou a estatueta por trabalhar com lobisomens, sendo a outra premiação por O Lobisomem (2010) de Joe Johnston.
 
 
David acaba encurralado num beco-sem-saída,e Alex vai ao seu encontro na esperança...

... de resgatar a razão de seu amado, que hesita por um momento...


O filme teve uma sequência Um Lobisomem Americano em Paris (1988) de Anthony Walker, com Tom Everett Scott, Julie Delpy, Vince Vieluf, Philip Buckman e Julie Bowen, entre outros, com o roteiro de Tim Burns, Anthony Waller e Tom Stern basicamente pega o conceito de Landis, ambientado a trama na capital francesa, colocando um trio de estudantes ao praticar bungee jump na Torre Eiffel, o protagonista salva uma jovem de cometer suicídio e, o grupo passa a ser perseguido por uma quadrilha de lobisomens, resgatando alguns conceitos como o dos Mortos pelos licantropos vagarem no limbo como zumbis e acrescentando outros, como o de que se um lobisomem matar aquele que o transformou, comendo o seu coração, ele removerá de si e dos outros mordidos, a maldição. Ao final, foi uma sequência caça-níquel, que apostava no uso de um CGI tosco (e alguns animatônicos idem...) para os lobisomens, com resultados pífios. Passados quarenta anos do lançamento do original, quantos lembram dessa “continuação”???
 
 
... mas quando ataca, os fuzileiros o acertam em cheio...

 
Em 1997, o roteiro do filme foi adaptado como um radio drama da Audio Movies Limited pela BBC Radio 1 na Inglaterra. Foi irradiado durante o Halloween daquele ano, em short snippets throughout the day. Brian Glover, John Woodvine e Jenny Agutter reprisaram seus papéis do filme. Notavelmente, a versão radiofônica teve um tom consideravelmente mais de comédia do que o original, e como curiosidade era mencionado que o lobisomem que havia matado Jack, e mordido David se chamava “Lyle Talbot”, personagem de Lon Chaney Jr. em O Lobisomem de 1941, dirigido por George Waggner.
 
 
e assim termina a vida do jovem David Kessler, que poderia ter vivido...

...uma boa vida com sua amada Alex Price, só que... não!

 
O filme foi Incluído no livro "1001 Filmes que Você deve Ver Antes de Você Morrer", editado por Steven Schneider.
 
 
Roubada: Tom Everett Scott, Julie Delpy em "Um Lobisomem Americano em Paris" (1988)

 
E como sempre, acabou surgindo uma versão pornô, An American Werewolf in London – XXX Porn Parody, lançado no inicio de fevereiro de 2012 no mercado de home vídeo americano. Produzido pela Smash Pictures, e dirigida por Jim Powers (não leva o ofício à sério, tal qual Axel Braun, outro expoente do meio), a sátira traz Richie (que nem sobrenome tem) no papel de David, o indivíduo atacado pelo lobisomem (numa “Inglaterra” fajuta, dado o orçamento rasteiro). Apesar da direção tosca, a maquiagem e os efeitos visuais não são dos piores. O que falta em interpretação, sobra na beleza de Jessi Andrews, Riley Jensen, Sophie Dee, Lexi Ward e Valerie Fox. Aqui podemos dizer que há um fechamento de ciclo, pois o filme original tinha dentro de si o pornô fake “Se You Next Wednesday” e aqui, temos um autêntico pornô com uma versão fake da história original. Nada como a metalinguagem...
 
 
O filme peca (entre outras coisas...) por apostar num péssimo CGI

A paródia pornô de 2012 da Smash Pictures que é... uma paródia pornô! O que mais poderia ser???

 
No cômputo final Um Lobisomem Americano em Londres conquistou com louvores a posição de clássico do gênero, tendo servido para revitalizar os licantropos como figuras temíveis e assustadores e, entre outras coisas, lançar uma categoria de premiação no Oscar, inspirar indiretamente um dos maiores videoclipe de Michael Jackson, além de deixar indelevelmente associado o humor ao terror, coisa que filmes posteriores como A Hora do Pesadelo e A Hora do Espanto (essa “criatividade” dos “tradutores” de títulos no Brasil é um caso à parte...) entre outros, cristalizariam. Nada mal para uma história trágica sem final feliz onde o rapaz não termina com a moça, morrendo na sua frente e talvez, isso tenha feito toda a diferença...
 
 
-" Voltem sempre para 'O Cordeiro Massacrado', onde seu bife sempre será mal-passado!!!"

 
 

Notas:
 
 

*1: Rick Baker por muito pouco não foi o responsável pelos efeitos deste filme, encaminhando para seu protegido Rob Bottin, ficando ele, como consultor. Como Landis (que batalhava há muito tempo financiamento para o filme) conseguiu após oito anos de batalha, fechar um contrato com George Folsey Jr. e a dupla Jon Peters e Peter Guber (que futuramente produziriam Batman de Tim Burton) Baker voltou atrás pois já havia se comprometido com ele, não sem uma certa briga com Landis.
 
 
 

*2: Publicações baratas (“um penny”) na Inglaterra vitoriana, em que histórias fantásticas, de horror ou crime eram publicadas, num esquema semelhante ao das “Pulp Magazines” americanas.
 
 

*3: Apesar dos personagens serem estudantes, David Naughton já tinha 30 anos e Griffin Dunne já tinha 26, mas a performance jovial dos atores os tornava críveis como mais jovens. Outro fato é que os executivos da Polygram queriam Dan Aykroyd e John Belushi para os papéis de David e Jack, coisa que Landis discordava, mas como ambos estavam ocupados filmando Estranhos Vizinhos (1981), Landis pôde usar Naughton e Dunne.
 
 

*4: Landis numa entrevista, recordava que os responsáveis pelas permissões de trabalho ingleses ficaram um bom tempo argumentando que o personagem de Dunne poderia ser feito por vários jovens atores ingleses disponíveis. Tal quadro só mudou, tendo Dunne conseguido a sua permissão de trabalho, após Landis “ventilar" estar pensando em rebatizar o filme de “Um Lobisomem Americano em Paris”, que dezesseis anos depois viria a ser o título da sequência.
 
 

*5: Landis não conseguiu os direitos de uso de Moon Shadow de Cat Stevens pois este negou, pois acreditava em lobisomens e não queria se associar à filmes violentos, e de temática sobrenatural, por ter se convertido ao islamismo.
 
 

*6: Dentre os sonhos, em um David corre nu por uma floresta, e abate um cervo, devorando-o; em outro, corre vestido e vê-se numa cama, atendido por Alex, e mostra presas e olhos amarelos e, no mais insólito, ele e sua família, reunidos para jantar assistindo na TV “The Muppets Show”, são massacrados por uma gangue de lobisomens nazistas (Rick Baker faz aquele que degola David).
 
 

*7: Segundo Landis, um dos fatores que levam ao romance entre Jack, o jovem estudante e Alex, a enfermeira independente (e mais velha e experiente) seria o fato de que à medida que o tempo passava (e ele fosse se tornando um lobisomem), ele iria exalando ferormônios e, fosse se tornando sexualmente mais atraente para ela.
 
 
Michael Carter, o Bib Fortuna de Star Wars, ao lado de um cartaz do pornô fake

*8: “Se You Next Wednesday” é uma tradição deJohn Landis, que bolou esse argumento a partir de um diálogo de 2001: Uma Odisséia no Espaço, tendo cartazes desse filme ficcional aparecido em cenas de Os Irmãos Cara-de-Pau (1980), Trocando as Bolas (1983) e Um Príncipe em Nova York (1988) além de trechos de diálogos e adereços do filme terem sido usados em outros filmes que ele produziu.
 
 

*9: No final dos créditos do filme há uma mensagem de congratulações ao Príncipe Charles por seu casamento com Lady Diana Spencer, mensagem está incluída porque na cena em que David tenta ser preso, ele grita entre outras coisas: “O príncipe Charles é um viado!!!” e como o filme foi rodado meses antes das núpcias reais, em julho de 1981 os produtores acharam de bom tom incluir os parabéns.
 
 
"Vamp": Ney Latorraca parodia Michael Jackson

*10: Uma das mais marcantes cenas de De repente 30 (2004) de Gary Whinick, é quando a personagem de Jennifer Garner (uma garota que magicamente acorda como uma mulher adulta) leva os integrantes metidos de uma festa fazerem uma imitação da coreografia de Jackson. Aqui no Brasil, na novela Vamp (1991) o Conde Vladmir Polanski (Ney Latorraca) quando retorna dos Mortos para mais um round, acorda uma legião no cemitério da cidade de Armação dos Anjos, imitando na cara-dura Michael Jackson.
 
 
 

*11: Anteriormente, a academia apenas havia dado um Oscar especial a John Chambers pela caracterização dos símios de Planeta dos Macacos (1968) de Franklin J. Schaffner, e devido ao fato de não terem concedido uma premiação similar aos profissionais de O Homem Elefante (1980) de David Lynch, a Academia de Artes e Ciências de Hollywood optou por criar a categoria
 
 

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