sábado, 31 de outubro de 2020

Artesão monstruoso - In Memorian: Jack P. Pierce

 


 A “beleza” está nos olhos...

por Alexandre César

(Originalmente postado em 06/ 03/ 2019)


O artesanato obsessivo de um incrível rabugento

 #HorrorDaUniversal

Jack P. Pierce: Com ele não tinha essa de "Medalha! Medalha! Medalha!"


Apesar do aspecto de vilão a lá Dick Vigarista (ou o Amigo da Onça..), o ilustre senhor da foto acima não era um ator, apesar de ser uma estrela de primeira grandeza em seu campo de atuação, criando belamente o feio, o deformado, o marcante no ciclo de filmes de horror dos anos 30, 40. Seu nome era Jack P. Pierce.

Nascido Janus Piccoula ( ⭐ Valdetsyou, Grécia, 05 de maio de 1889 — ✝ Los Angeles, 19 de maio de 1968) ele foi um maquiador de efeitos especiais de cinema, do Cinema de Horror da Universal, chamado por alguns de “Cinema de Sangue”, sendo um dos melhores maquiadores de monstruosidades depois de Lon Chaney Senior. 

 

Conrad Veidt como "O Homem que Ri" (1928). Familiar não???


Ele criou maquiagens icônicas para os personagens de Boris Karloff como Frankenstein (1931), além de outros monstros criados para a Universal Studios. Pierce tinha a reputação de ser grosseiro no set, mas criou um bom relacionamento com Karloff. Muitas máscaras criadas por ele eram feitas de algodão, cola, colódio (solução viscosa de nitrocelulose em álcool e éter, usado em fotografia, em couro artificial e como cobertura protetora de feridas, queimaduras etc.) e maquiagem para teatro na cor verde (que criava o look pálido nos filmes P&B). Quase todos os personagens do ciclo (Drácula, White Zombie, Múmia etc...) passaram de alguma forma pelas mãos criativas de Pierce, que também maquiou Lon Chaney Jr. para O Lobisomen (1941). Pierce inspirou vários nomes que viriam a ser importantes na indústria da maquiagem de efeitos como Rick Baker e Tom Savini.  

 

“The Monkey Talks” (1928). Caracterização notável para a época.


Olhando para os pioneiros do cinema do século 20, poucos tiveram uma importância individual mais significante no ramo da maquiagem artística quanto Jack Pierce, nos anos 1930 e 1940 na Universal Studios durante o seu período dos clássicos do horror. A história de Pierce tem iguais partes de triunfo e tragédia. Após imigrar da Grécia para os Estados Unidos na virada do século, ele tentou ser jogador de baseball, sem sucesso, num time semi-profissional na Califórnia após conseguir alguma notoriedade em partidas em Chicago.  

 

Antiga tabela de tons de maquiagem para filmagem em Preto e branco e a cores.


Em seguida começou a trabalhar na emergente indústria cinematográfica nos anos de 1910s e 1920s, colocando a sua mão numa série de trabalhos, de gerente de espetáculos, a dublê, à assistente de cameraman. Nesta época a Universal era um pequeno estúdio iniciante em San Fernando Valley, sendo conhecido como "Universal City" em 1915, após três anos de atividade. O nome foi idéia do proprietário e antigo dono de armarinho Carl Laemmle. A Universal foi a casa de muitos filmes curtos silenciosos nos anos de 1910, vários deles incluíam os talentos de um ator desconhecido chamado Lon Chaney, que ganhava a vida criando as suas próprias e únicas maquiagens, transformando a sua face inteira numa lenda neste processo.

 

Retocando Otto Maties em "Surrender" (1927) de Edward Sloman.

 

Uma criação digna de nota é Uma criação digna de nota é O Homem Que Ri (1928) de Paul Leni não apenas pelo mérito do filme por si mesmo e pela fantástica performance de seu astro Conrad Veidt, mas também o personagem que inspirou Jerry Robinson (via Bob Kane) como inspiração para a criação do maior rival do Batman, O Coringa!

 

"Drácula" (1931). Pierce esquematizou um padrão de maquiagem que Lugosi recusou, apesar de aceitar algumas sugestões.


Jack Pierce foi provavelmente o primeiro “Fazedor de Monstros” de que se tem notícia, indiscutivelmente por criar os mais famosos designs de monstros… como “O Monstro” interpretado por Boris Karloff no filme Frankenstein (1931) da Universal Studios. Sempre notamos as semelhanças do seu Monstro de Frankenstein nos posters, lancheiras, jogos, bonecos, kits para montar, stickers, e todo produto licenciado imaginável a levar a sua imagem, ao longo de nosso crescimento. Todo aquele que pudesse ser chamado de “Monster Kid” (fã de monstros e colecionador de memorabilia) se maravilhava em aprender tudo sobre o criador de um dos mais famosos monstros de todos.

 

Karloff posando para um modelo de estudo para planejar a maquiagem.

 

Pierce eventualmente se desviou da atuação para a maquiagem, trabalhando na Vitagraph e na e na Fox Studios original nos anos 1920. Desde 1928, depois de Chaney ter partido para o estrelato freelancer, A Universal tornou Pierce chefe do departamento de maquiagem, onde ele trabalhou nos últimos filmes silenciosos feitos no estúdio.  

Karloff chegava a comer e dormir maquiado para não prejudicar o cronograma das filmagens.


Sua sorte foi alicerçada quando Carl Laemmle fêz o seu filho, Carl Laemmle Jr., chefe de produção no seu 21 ̊aniversário. Chamado de "Junior" por seus amigos e colegas, Laemmle Jr. decidiu produzir versões filmadas de novelas clássicas de horror, encorajado pelo grande sucesso de Chaney com O Corcunda de Notre Dame (1923) e O Fantasma da Ópera (1925) da Universal no meio dos anos 20. Os gostos pessoais de Laemmle' Jr. não poderiam ter sido mais fortuitos para Pierce: De 1930-1947 ele criou alguns dos mais distinguíveis personagens das telas do cinema. Somente após a intempestiva morte do Pai da Maquiagem Prostética, Lon Chaney Senior (de câncer na garganta) que a posição de Jack Pierce na maquiagem foi firmemente ancorada na Universal.  

 

Karloff em sua carreira monstruosa foi de uma paciência que poucos tiveram com o perfeccionista Pierce.

Chaney havia sido originalmente contratado para interpretar o personagem título em Drácula, mas ele morreu antes da produção iniciar. Foi quando Jack Pierce, agora full-time na Universal Studios, experimentou o seu primeiro gosto de Hollywood, desapontando-se em seguida quando, após após conceber um sutil mas muito particular estilo para a caracterização do vampiro e das suas vítimas femininas o astro Bela Lugosi insistiu em fazer a sua própria maquiagem… a maquiagem que ele havia aperfeiçoado em suas muitas apresentações no palco como Drácula (legitimamente teatral). 

Para "A Múmia"(1932) Karloff apareceu em poucas cenas como "Im-Ho-Tep" ...


Sugere-se que Pierce deu contribuições remanescentes para a maquiagem incluindo a “ponta de renda de viúva” no meio dos cabelos que Lugosi usou não só no Drácula de 1931, mas também em White Zombie (1932) de Victor Hugo Halperin.

 

...aparecendo a maior parte do tempo como "Ardath Bey", o príncipe disfarçado.

 

Imediatamente seguindo o sucesso de Drácula, Laemmle Jr. quis prosseguir no rumo do sucesso, levando-o à produção de Frankenstein (1931). Embora muitos argumentem que tenha sido o diretor James Whale, ou o ator Boris Karloff ou Leammle Jr. mesmo terem contribuído para a maquiagem, a força principal à frente do look do personagem inquestionavelmente pertence à Jack Pierce.  

 

Elsa Lanchester, a "noiva". O cabelo era dela, com uma armação dentro, para lembrar a Rainha Nefertiti do Egito.


O Monstro no filme clássico de 1931 de James Whale, Frankenstein foi a chave em estabelecer Pierce como chefe de maquiagem que encontrou o seu maior successo. Whale supostamente esboçou vários desenhos a em alguns guardanapos e apresentou estas idéias para Jack Pierce para inspirá-lo. Esta se tornou uma das mais fenomenais colaborações e no monstro mais facilmente reconhecível de todos. Pierce projetou a maquiagem para se ajustar perfeitamente com a própria anatomia magra de Karloff, até incorporando as suas bochechas ocas, resultante da remoção de uma prótese dental parcial (o popular “roach”)! O topo plano da sua cabeça é por si só uma história interessante… sendo uma suposição de Pierce que o Dr. Frankenstein sendo um físico apressado, simplesmente cortaria o crânio através do topo e puxaria a pele em volta do crânio como uma aba de barraca.  

Pierce usava algodão, cola, colódio (solução viscosa de nitrocelulose em álcool e éter) na hora da caracterização, usando secador de cabelo para secagem

 

A maioria dos historiadores cinematográficos argumentam que isto pode ter sido interferência do estúdio, achando que não fazia sentido que um cirurgião sendo capaz de reconectar nervos, prover o fornecimento de sangue, etc... e um lenço de papel lhe diria para simplesmente puxar a pele de volta sobre o crânio descarnado. E prendendo-o no lugar para arrancar! Não, não faz mesmo muito sentido, pois o que mais parece é que Pierce tinha um design específico em mente durante a criação do visual icônico do monstro de Karloff, com braços estendidos e tudo.

 

"O Filho de Frankenstein" (1939). Tornando Lugosi em Ygor, o corcunda de pescoço torto, dando-lhe a visibilidade de que estava carente.


Toda a manhã Karloff sentava-se para quatro desconfortáveis horas, sofrendo os altos níveis de toxidade da maquiagem, que Pierce e seus assistentes aplicavam em sua cabeça, o acúmulo de níveis de preenchimento facial e as modificações do figurino que o fariam o mais memorável monstro do cinema. Então, Karloff teria de atuar o dia inteiro apenas para suportar algumas horas no processo de remoção. Foi documentado que Karloff se alimentava e inclusive dormia com a maquiagem do monstro apenas para evitar ter de suportar a sua aplicação no dia seguinte. Ele ainda suportou as cicatrizes dos parafusos do pescoço até o dia em que ele passou deste mundo para o próximo! Para Karloff (aos 43 anos de idade) e Pierce (aos 42 anos) foi uma realização notável garantindo as suas lendas mesmo se se eles tivessem parado ali a sua única colaboração artista-intérprete.

 

Karloff e Pierce no set de "A Múmia " (1932) para uma tomada extra

 

Muitos atores e atrizes sofreram o mesmo destino em nome da arte. Alguns não eram tão tolerantes à obsessiva atenção de Pierce aos detalhes como Karloff era.

Promovendo a sua reputação, apesar dos pesares, Pierce e Karloff uniram-se no ano seguinte para criar A Múmia (1932). Apesar de a criatura ser vista apenas por poucos segundos, foi uma outra realização inesquecível no cinema de horror quando "Im-Ho-Tep" voltou à vida e desfilou através de uma desenterrada tumba egípcia. Karloff passa a maior parte do filme como "Ardath Bey", outra criação de Pierce, o príncipe condenado à procura de sua noiva perdida.

 

"O Lobisomem" (1941). Pierce e Chaney Jr. não se davam muito bem, chegando quase a sair no braço.


Os Laemmles também tentaram dar um novo tratamento cinemático para o O Fantasma da Ópera e O Corcunda de Notre Dame para a audiência dessa época. Lon Chaney havia morrido em 1930, e muitos dos seu esforços pararam. Uma versão de O Lobisomem com Karloff havia sido planejada, mas isto, também, havia descarrilhado em problemas de produção. Se você não estabelece completamente o projeto original, porquê tentar uma sequência? A Universal fêz exatamente isso, iniciando uma tendência que resultou em numerosos derivados de Drácula, Frankenstein e Múmia, que se tornaram suas franquias.

 

"A Alma de Frankenstein" (1942) Lugosi retorna ao personagem (e à maquiagem...) de Ygor, e Chaney Jr. faz o monstro.


A primeira prancha de concepção foi provavelmente a última usada do período Laemmle dos filmes de horror, A Noiva de Frankenstein (1935). Renovando a sua primeira concepção do Monstro, Pierce também criou a famosa maquiagem e desenvolveu o electric hairstyle para a noiva de Elsa Lanchester. Mais uma vez, Pierce criou um personagem de filme icônico, ainda que só apareceu brevemente ao final do filme. Então, numa esmagadora instância de arte comercial, os Laemmles venderam o estúdio em 1937, inaugurando uma era de “cabeças” de estúdio alternando-se na Universal pelos próximos 10 anos.

 

"Frankenstein encontra o Lobisomem" (1943). Chaney volta como o lobisomem, e Pierce tornou Lugosi no monstro cujo papel outrora recusara.

 

Certamente, sequências não ficaram muito atrás e Pierce duplicaria as suas maquiagens, DO ZERO, todo dia de filmagem! Pierce nunca usou moldes, muito para o desgosto de suas “vítimas” (os atores). Ele criaria cada sobrancelha, cada cicatriz, e cada ponto de sutura repetidamente levando mais de 5 horas para a aplicação da maquiagem sozinho.  

 

Acquaneta caracterizada como a personagem-título de "A Mulher-Fera" (1943) filme "B".


Nas muitas idas e vindas de executivos na Universal no final dos anos 1930 e início dos anos 1940, Pierce conseguiu manter o seu nível de alta qualidade na maquiagem de personagens em várias sequências e filmes “B”. Para Lugosi, com quem Pierce havia discutido vários anos antes em Drácula, Pierce criou "Ygor" em O Filho de Frankenstein (1939) de Rowland V. Lee. Concebido como um homem que não poderia mais ser enforcado (pois já o havia sido, mas não morrido, torcendo o pescoço...). O desgraçado, barbudo, de dentes retorcidos tornou-se o mais original personagem de Lugosi em anos e colocou-o de novo no mapa. Lugosi posteriormente intuiu que Pierce teve a sua vingança (por ele ter recusado o projeto da maquiagem criada para Drácula) quando mais tarde concebeu e aplicou uma maquiagem tão torturante quanto a de Ygor. A vingança é doce...

 

A partir de"A Casa de Frankenstein" o grandão Gleen Strange (por indicação do próprio Karloff) passou a fazer o monstro. Pierce continuou firme.

Dois anos de novo Pierce superou todas as expectativas em Dois anos de novo Pierce superou todas as expectativas em O Lobisomem (1941) com Lon Chaney Jr. No papel-título. Embora os dois nunca tenham se dado bem (Chaney não gostava de vestir a maquiagem ou de passar pelo seu longo período de aplicação e remoção) e quase chegou a brigar com ele e acusando-o de queimá-lo propositalmente com o ferro de ondulação que usava para aquecer e enrolar o pelo de iaque (usado na caracterização do licantropo) Pierce superou-se de novo com a sua concepção do lobisomem, utilizando o design que ele havia criado para Karloff uma década atrás. 

Confronto de titâs. O versátil Chaney Jr. foi a múmia por três vezes, encarando Pierce na hora da caracterização.


Originalmente concebido como um filme “B”, O Lobisomem tornou-se um verdadeiro clássico do horror, e a versão de Pierce do personagem tem sido o modelo de numerosos lobisomens desde que surgiu nas telas. Pierce havia aqui, relutantemente começado a usar pontas de nariz de borracha de látex para diminuir um pouco o árduo processo de aplicação, mas mesmo na época quando a maioria dos maquiadores estavam começando a abandonar os métodos fora do “kit de fazer monstros”, Pierce foi inflexível. Ele agarrou-se aos velhos ofícios do método de fazer arte.

 

Perfeccionismo: Ao longo de sua carreira, Pierce se agarrou aos métodos tradicionais da caracterização, evitando padronizar partes moldadas


Em 1943 dá prosseguimento a sua “vingança” de Lugosi, ao maquiá-lo como o Monstro em Frankenstein encontra o Lobisomem (1943) de Roy William Neill, com Chaney Jr. repetindo o papel que o consagrara, e neste mesmo ano Pierce surgiu com a sua última maquiagem original em O Fantasma da Ópera (1943) de Arthur Lubin. Estrelada por Claude Rains (que se tornou o único monstro de Jack Pierce filmado em cores). Embora o seu tratamento original da maquiagem de Rains – revelada ao final do filme – foi cortado por requisição dos produtores (a concepção original de Pierce foi considerada muito hedionda!), permanece como outro marco do cinema de horror

 

Uma das raras ocasiões em que o trabalho de Pierce foi reconhecido, recebendo em 1933 um prêmio das mãos de Boris Karloff.

O reinado de Jack Pierce na  Universal terminou um pouco depois da Segunda Guerra Mundial quando o estúdio fundiu-se com a International Pictures e realocou muitos dos seus chefes de departamentos. Ele tinha sido Supervisor de Maquiagem por 19 anos e trabalhou para o estúdio por 30 anos, mas a sua rigidez inabalável no apego aos velhos métodos de fazer arte (mais artesanais) foi o que lhe causou a sua demissão da Universal Studios. Após criar tantos ícones horror, Pierce foi demitido sem cerimônia em 1946 e substituído por Bud Westmore (irmão mais novo dos possuidores do grupo Max Factor) como chefe do departamento de maquiagem na Universal Studios, que embora tivesse menos experiência, era jovem, fotogênico e sociável, ao contrário de Pierce. 

 

Strange e Chaney Jr. -" Vamos dar uma lição no Pierce???"


Pierce ocasionalmente pegou trabalho em algumas produções de porte como A Vida Secreta de Walter Mitty (1947) de Norman Z. McLeod e Joana D´Arc (1948) de Vitor Fleming, mas terminou a sua carreira trabalhando em filmes independentes de baixo orçamento e projetos de televisão durante os últimos 20 anos de sua vida. O seu último projeto creditado foi trabalhar como chefe do departamento de maquiagem do show de TV Mister Ed (1958) de 1961-1964 graças ao diretor/produtor Arthur Lubin, colega dos tempos dos filmes do horror. Coisa impensável para os dias atuais, ele morreu em virtual obscuridade, vítima de falência renal aos setenta e oito anos em 1968. Embora tenha mantido a amizade com Boris Karloff, Inclusive aparecendo no episódio do programa This is Your Life apresentando o astro, sua personalidade austera (alguns diriam amarga) fêz poucos amigos em Hollywood.

 

No episódio do programa "This is Your Life" dedicado ao amigo de longa data Boris Karloff.


Isto é, exceto para aqueles que viriam depois dele. Sem Jack Pierce para inspirá-los, os “Monster Kids” dos anos 1960 e 70 talvez não tivessem atingido o seu pleno potencial. Suas criações são icônicas, inventivas, e francamente assustadoras. Principalmente por serem tão realísticas. Você pode perguntar a qualquer artista de efeitos especiais de maquiagem quais os seus inspiradores e muitos deles dirão que Jack Pierce está entre os três principais. Entre estes discípulos, o sete vezes premiado com o Oscar Rick Baker.  Hoje, Pierce tem o seu trabalho visto como uma força relevante nos anais do ofício do cinema, sendo honrado com tributos em DVDs dos filmes clássicos em que trabalhou, e premiado postumamente com um prêmio pelo conjunto da sua obra pela associação dos artistas de maquiagem e de estilistas de cabelo de Hollywood, havendo uma proposta de conceder-lhe uma estrela no Hollywood Boulevard.

 

Até o bigodinho do jovem Vincent Price passou pelas mãos de Pierce.

Em Maio de 2013, a Cinema Makeup School, em Los Angeles, dedicou uma galeria em memória a ele.

As contribuições de Jack Pierce ao cinema resistiram à passagem do tempo e continuam a inspirar gerações de artistas de efeitos especiais de maquiagem. Para muitos, Jack Pierce terá sempre um lugar especial em seus corações, independentemente de sua reputação. Entre as muitas coisas que se aprendem com a trajetória do “meigo” Sr. Pierce… destaca-se especialmente o como tratar o talento. Ou como não fazê-lo!



Karloff e Lugosi, após passarem pelas mãos de Pierce como o monstro e Ygor em "O Filho de Frankenstein" (1939).


 

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