Titãs, Avante!!!
por Alexandre César
(Originalmente postado em 30/ 08/ 2018)
Animação esperta e desencanada para pais e filhos
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Não deixando pedra sobre pedra no gênero
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Se você já os conhecia estes personagens da DC Comics
pela série animada ou por suas origens nos quadrinhos, sabia que quando
surgisse uma oportunidade de chegar ao cinema, eles chegariam com tudo.
E chegaram mesmo! Dirigido por Aaron Horvath e Peter Rida Michail, Os Jovens Titãs em Ação! Nos Cinemas
(2018) é o primeiro longa-metragem de animação lançado no cinema dos
nossos Super-Heróis egocêntricos e cômicos – satirizando o gênero de
forma inteligente, esperta. Feito de forma agradar a crianças e adultos,
o longa usa de piadas referenciais a números musicais para atingir os
seus fins. E não é que atingem bem?!
No roteiro de Michael Jelenic e Horvath, Robin quer ter seu filme de super-herói, provando ser mais do que apenas um sidekick (o
assistente infanto-juvenil do herói maduro). Ele argumenta com os
outros membros da jovem equipe que os principais super-heróis existentes
estão estrelando seus próprios filmes (todos, menos eles!!!).
Convencidos pelo Menino-prodígio, a equipe - que, além de Robin, é
composta por Mutano, Ciborgue, Ravena e Estelar - decide corrigir essa
falha, rumando para Tinsel Town, determinados a fazer com que o mais badalado diretor de Hollywood os note e, assim, realizar seu sonho de sucesso e celebridade. Afinal, se o Aquaman ganhou seu próprio filme, por que não eles?
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Slade Wilson, O Exterminador: vilão de da vez (na realidade, um dos arqui-inimigos do grupo) que tem um nome de efeito
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Só
que, é claro, dá tudo errado. O grupo enganado por um supervilão que
planeja... dominar o mundo!!! (que original...). O espírito de amizade e
de equipe do grupo saem chamuscados, colocando seu destino em risco,
pondo a prova quem realmente são Os Jovens Titãs! Mas, vamos nos divertir durante essa provação...
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No original Nicolas Cage dubla o Superman. Uma referência ao projeto não realizado de Tim Burton "Superman Reborn". Pessoalmente achamos que ele daria um ótimo "Bizarro"..
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Um dos trunfos é a direção de dublagem de Marco Ribeiro trazendo o mesmo talentoso elenco de dubladores de Jovens Titãs Em Ação! da DC Entertainment, aqui veiculada pelo Cartoon Network -
Manolo Rey como Robin, Lisa Palomares como Estelar, Mariana Torres como
Ravena, Charles Emmanuel como Mutano e Eduardo Borgetth como Ciborgue. A
mesma equipe cuidou das vozes destes personagens no primeiro seriado
animado da equipe (Os Jovens Titãs).
O longa também conta com as vozes de Guilherme Briggs como Superman,
Duda Ribeiro como Batman e Ricardo Schnnetzer como Slade Wilson, o
Exterminador.
Embora
o longa seja estruturado como um grande episódio da série animada,
mantendo o ritmo leve e infantil dela, se destaca ao espertamente
inserir piadinhas e easter eggs
direcionados aos adultos, que encontrarão esses momentos entre uma
música aqui e ali - embora ocorra um certo cansaço entre uma e outra
sequência mais elétrica.
Robin, como sempre, é o personagem central, embora cometa besteiras típicas de quem se acha “o cara”.
Mutano e Ciborgue, não tem tanto destaque, mas roubam as cenas em
diversos momentos, principalmente pela boa adaptação dos seus diálogos.
As meninas saberão apreciar a gótica Ravena com seus portais
interdimensionais e a fofa mas “exército-de-uma-menina-só” Estelar. Girl Power a toda prova!
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Ravena: Sarcástica e com tiradas espertas
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Com uma dinâmica bem bacana que envolve e tira sarro das produções de super-heróis da DC, o longa também acerta em fazer piada com “a distinta concorrência”
em momentos bastante oportunos, formando uma sequência de várias
pequenas histórias dentro de uma trama maior. Com seu ritmo ágil e
corrido, para não deixar a peteca cair, há diversas referências à
cultura pop a cada cena e piada em velocidade acelerada - desde as
produções da DC, como o malfadado Lanterna Verde (2011, de Martim Campbell), passando pela épica luta dos oponentes de Batman Vs Superman – A Origem da Justiça (2016, de Zack Snyder) e tirando a sua casquinha da popularidade da Mulher Maravilha (2017, de Paty Jennings), fazendo o seu dever de casa no quesito empoderamento feminino sem ser bandeiroso.
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E os jovens se espelham nos mais velhos...
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Ao
final, temos um saldo para lá de positivo nesta aventura que assume sua
palheta multicolorida de desenho animado, capaz de entreter todos os
tipos de fãs - das crianças (no tom otimista em sua mensagem de amizade)
aos mais velhos (com seu tom satírico e a sua bem dosada cota de
metalinguagem). Com o típico vilão a ser vencido, a animação ganha força
em seus pequenos momentos, que superam a trama desigual e um tanto
padronizada, e ao revelar uma reviravolta inesperada (só que não...),
típica de filmes de super-herói.
Agora, esperemos que decidam fazer uma animação dos Desafiadores do Desconhecido... He! He! He!
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COMPREM A PIPOCA!!! |
Obs: No começo temos um curta da DC Super Hero Girls
e... sim, embora seja uma produção da DC, temos uma cena pós-crédito!!!
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Programa para toda a família!
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