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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Cada geração tem o seu Orson Welles, mas também, o seu Ed Wood - Crítica - Filmes: Artista do Desastre (2017)

  

"Gênio" indomável

 
por Alexandre César
(originalmente publicado em 14/ 03/ 2017)


  James Franco e a fábula do "sucesso em Hollywood"

 


O filme Artista do Desastre (“The Disaster Artist”, de 2017), dirigido e estrelado pelo infant terrible James Franco, reconstitui a história real da intensa e desgastante amizade de Greg Sestero (Dave Franco, irmão de James), aspirante a ator, e Tommy Wiseau (nosso diretor em uma performance única!), um tipo excêntrico que vive 24 horas por dia o seu próprio personagem, nunca revelando a sua verdadeira origem, seus recursos ou idade, com seus cabelos longos tingidos achando assim aparentar menos de 30 anos. O roteiro, de Scott Neustadter & Michael H. Weber,  é baseado no livro The Disaster Artist: My Life Inside The Room, The Greatest Bad Movie Ever Made (“O Artista do Desastre: Minha Vida dentro de “The Room”, O Pior Filme Já Feito”), de Greg Sestero e Tom Bissell.  

 

Greg Sestero (Dave Franco) e Tommy Wiseau ( James Franco): amizade, parceria e conflitos


Os amigos se conheceram num curso de ator em San Francisco no fim dos anos 90 e, juntos, partiram para Los Angeles para tornarem-se astros de Hollywood. Ok, até aí a trama parece a de muitas histórias de superação, com a sua dose de desilusões, tropeços e redenção final coroada com o sucesso. Mas o diferencial é que ambos, como atores, eram ruins de doer.

 

Um problema que Tommy Wiseau não tina era baixa auto-estima: Ele sempre se via como "a última bolacha (ou o biscoito) do pacote"...


 

A defesa de tese dos dois no curso que faziam se materializou no filme The Room (2003): um drama meloso com toques eróticos e supostamente autobiográfico, que lembrava um pouco aqueles filmes da lendária sessão Cine Privê, da TV Bandeirantes nos anos 90. Bancado, escrito, produzido, dirigido e interpretado por Wiseau - que colocou nele suas “qualidades” únicas -, o filme era uma bomba, mas, por ser tão genuinamente trash, ganhou status de cult, virando figura fácil nas sessões de meia noite de circuitos alternativos, o que permitiu que até se tornar economicamente lucrativo (ora essa!). Assim, Wiseau conseguiu recuperar os seis milhões de dólares que, segundo ele, foram os custos de produção (não me perguntem como se gastou tanto num filme tão pé-de-chulé...). Parece verdade que sonhos se realizam.

 

O cartaz original de "The Room" ao lado de sua recriação para o filme

 

O tom farsesco permeia cada milímetro do filme, acompanhando a odisseia de nossos heróis improváveis (e bota improváveis nisso!), reconstituindo sequências inteiras do “clássico” da sétima arte, inclusive colocando cenas do The Room original ao lado da reencenação para o novo filme, com resultados espetacularmente hilários. Obviamente há uma dose dramática em função dos percalços da produção e do processo de amadurecimento de Sestero, que engata um romance com a garçonete Amber (Alison Brie), o que gera conflito com o obsessivo Wiseau, que se julga um “gênio incompreendido” que precisa de total atenção todo o tempo.  

 

Ed Wood (1994, de Tim Burton): outro pária do cinema com muita paixão, mas sem talento


A comparação com Ed Wood (1994, de Tim Burton) é inevitável, pela similaridade da trama (párias sem talento, mas que acreditam ser gênios, em busca do sucesso). Mas é daí? Afinal ambas são histórias verídicas. Certamente Hollywood deve ter mais casos como este que ainda poderão chegar as telas. Franco dirige seu elenco de forma inteligente e inspirada, mostrando grande segurança, mas sem deixar aparentar isso, criando um clima verdadeiro e descontraído. Seu personagem é considerado por muitos o pior ator de todos os tempos. Com cultura limitada, risadinhas blasé e rompantes overacting em que imita James Dean, James Franco prova mais uma vez que a imagem de galã da época dos filmes do Homem-Aranha do Sam Raimi já é uma página virada em sua vida. Temos participações espertas de Seth Rogen, Josh Hutcherson (irreconhecível, em nada lembrando seu consagrado visual nos filmes da franquia Jogos Vorazes), Sharon Stone, Brian Cranston e o diretor J.J.Abrams, entre outros, que estão lá para comprovar o impacto involuntário de The Room na cultura pop. Mas nada supera a química dos irmãos Franco - em especial James, cuja performance despretensiosa, mas poderosa, lhe deu uma indicação Oscar e já rendeu um e já rendeu um Globo de Ouro na última premiação na categoria Melhor Ator em Musical & Comédia, desbancando o favorito Hugh Jackman por na última premiação na categoria Melhor Ator em Musical & Comédia, desbancando o favorito Hugh Jackman por O Rei do Show, cuja performance fantasiosa de P.T.Barnum era considerada já ganha.



Meme: Este é um dos vários que se originaram a partir do filme


Pobre Hugh, teve de se contentar em ter a sua expressão de surpresa decepcionada transformada em meme, pois, para seu azar não contava que estava competindo com algo único, pois ter capacidade para interpretar de forma convincente “o pior dos piores” só pode significar, que você é “o melhor”!!!

 

Hugh Jackman: decepção vira meme



quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

A árdua busca do respeito - Crítica - Filmes: Uma Mulher Fantástica (2017)

 


E o inferno continua sendo os outros...

por Alexandre César

(Originalmente postado em 11/ 09/ 2017)


O difícil cotidiano dos trans no Chile (e aqui também...)

 

Orlando (Francisco Reyes Morandé) e Marina (Daniela Vega): polêmicas sobre orientação sexual e diferença etária


Orlando (Francisco Reyes Morandé), empresário de 58 anos vive com sua jovem namorada Marina Vidal (Daniela Vega). Após curtirem a noite, ele tem um mal súbito, vindo a falecer e deixando Marina numa situação difícil. Apesar de ser a atual companheira de Orlando, Marina não é reconhecida como tal pela família dele. Com o falecimento ela perde o carro, o apartamento e a segurança financeira, ficando apenas com seu rendimento modesto de garçonete. Some-se a isto um volume grande de hostilidade e constrangimento, pois Marina é uma mulher transexual.

 

Mal o corpo de Orlando é sepultado, Marina vai sendo espoliada pela ex-família do falecido

 

Premiado no último Festival de Berlim, onde ganhou o Prêmio Teddy e o Urso de Prata na categoria de melhor roteiro, Uma Mulher Fantástica, do chileno Sebastián Lelio (que assina o roteiro com Gonzalo Maza), evita transformar a vida de Marina num calvário bíblico, focando seus percalços no microcosmo de sua vida cotidiana: as pequenas violências, como o médico que a examina e não sabe se a trata por "ele" ou "ela", ou o policial que diz que o nome que vale é o do documento de identidade. São coisas pequenas mas extremamente incômodas quando se quer estabelecer uma identidade interna que não corresponde ao "ser" que a sociedade impõe ao indivíduo.

 

Numa cena onírica vemos a alegoria do vento com as dificuldades de Marina de seguir o seu próprio caminho

Contrapondo as pequenas e grandes violências de seu cotidiano, temos o seu sonho de ser cantora, com ela se apresentando em night clubs, e seu esforço para conseguir se tornar uma cantora lírica - formação original da atriz Daniela Vega (que é realmente transexual). As cenas retratando seus esforços para alcançar seus sonhos rende alguns momentos visualmente leves ao filme. Isso reduz o seu teor didático LGBT+. Vemos aqui a história de uma pessoa que luta para ser respeitada no seu cotidiano e procura, sem necessariamente levantar bandeiras, correr atrás de seus sonhos.

 

Em vários momentos Marina tem que lidar com a solidão e a saudade do companheiro morto

 

A julgar pela receptividade que o filme vem gerando aonde é exibido - inclusive promovendo o debate sobre os transgêneros na ainda conservadora sociedade chilena pós-Pinochet -, podemos dizer que Marina é uma mulher fantástica porque, ao ouvir e entoar a sua própria voz interna, escolheu se tornar uma.

 

Tudo é uma questão de saber enxergar o outro como um indivíduo, e não uma coisa

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Super "Qualquer-Coisa" - Crítica: Os Guardiões (2017)

 


Super Salada Russa...
 
por Alexandre César
(Originalmente publicado em 15/ 09/ 2017)

Filme russo de Super-Heróis é fortíssimo candidato a "Melhor Filme Ruim" do ano!


Os Guardiões: A Rússia ganha sua própria versão dos Vingadores

A Rússia atual de Vladimir Putin parece caminhar a passos largos para retomar o papel de potência mundial que outrora a antiga União Soviética ocupava. O seu regime socialista ficou para trás, a roupagem é outra, mas permanece a nostalgia daquelas imagens icônicas da superpotência nuclear que fazia frente aos Estados Unidos, país que sempre teve como seus garotos-propaganda os caras com cuecas por cima das calças. Era isso que faltava para a Mãe Rússia fazer frente neste novo mundo globalizado? Então mãos à obra!

A Major Elena Larina (Valeriya Shkirando ao centro) com sua equipe da missão, que parece saída de uma série "Star Trek"

Os Guardiões, (Zashchitniki, no original - 2017) de Sarik Andreasyan (O Último Golpe), tenta ser uma resposta a altura desse desafio de apresentar super-heróis russos e naufraga de forma vergonhosa de tão ruim. Mas, da sua ruindade, transparece uma crença infantil de que seus realizadores parecem acreditar que estão apresentando algo bom de fato. Esta crença muito provavelmente o tornará campeão absoluto no posto de "melhor filme ruim" de 2017. Desde os filmes do lendário Ed Wood não se via algo trash ser feito com tanta convicção de que não é trash.

Kseniya (Alina Lanin) a "Mulher-Invisível" do grupo, que se esconde trabalhando num show

A trama – simples, mas com uma quantidade enorme de furos – mostra que, durante a Guerra Fria, uma organização soviética chamada "Patriota" recrutou um grupo de indivíduos, modificando o seu DNA, tornando-os superpoderosos, com o objetivo de formar uma força de defesa contra ameaças sobrenaturais. Seus membros, representando diferentes povos da antiga União Soviética, são: Ler (Sebastien Sisak de Drift), com capacidade de manipulação telecinética das rochas; Arsus (Anton Pampushnyy de Realnaya skazka), que pode se transformar num urso; Khan (Sanzhar Madi de Amanat), estiloso "ninja" com supervelocidade; e Kseniya (Alina Lanina de Kukhnya), que tem o dom da invisibilidade, controla a sua temperatura corporal e... fazer um bom goulash (?). Com o colapso do antigo regime, eles passaram a viver isolados e escondendo suas identidades, pois eles não envelhecem.

Arsus (Anton Pampushnyy) em sua forma "Homem-Urso" com sua metralhadora giratória Mais russo impossível...

Após muitos anos, eles são recrutados pela Major Elena Larina (Valeriya Shkirando de Batalion), espécie de "Nick Fury" de saias e coach motivacional (com visual à Sharon Stone, de Instinto Selvagem). Ela está reativando o Projeto Patriota, pois August Kuratov (Stanislav Shirin de Vse o muzhchinakh), o antigo cientista responsável pelo projeto, ressurgiu anos após também ter sido exposto aos próprios experimentos, transformando-se num ser careca e musculoso (boa roupa de borracha, dando-lhe um visual que remete ao Homem-Absorvente, clássico super-vilão da Marvel). Ele tem a capacidade de controlar todo e qualquer veículo remotamente e, graças a suas invenções, pode criar o seu próprio exército de clones (!!!) para marchar e tomar Moscou e depois o Mundo! Bwahahahaha!!! 

(Não, a risada não está no filme...) 

O vilão August Kuratov (Stanislav Shirin): parece mas não é

Apesar de alguma semelhança visual com a Guarda Invernal ou até com a Tropa Alfa, ambas equipes de super-heróis da Marvel Comics, o grupo não tem nenhuma origem em quadrinhos e afins. Ele consegue a façanha de ter diálogos compostos em mais de 90% de frases de efeito e atores com interpretações dignas de modelos. Some-se a isso a péssima dublagem em inglês da cópia que tivemos acesso, com vozes não bem sincronizadas e pouco adequadas aos atores (o que mostra como a dublagem brasileira é uma das melhores do mundo!)

 

Guarda Invernal: a equipe de super-heróis russos da Marvel Comics


O filme tem uma duração curta (90 minutos), mas a edição de Georgiy Isaakyan (Zhenshchiny protiv muzhchin) deixa o ritmo desigual, tornando-o cansativo em alguns momentos. Mas os efeitos visuais são bons, apesar do urso super-herói parecer personagem de video game. A música de Georgiy Zheryakov (Rusichi) tenta ser heróica e conduzir a emoção da platéia, ora sendo intimista, ora sendo grandiosa.

 

Ler (Sebastien Sisak), Arsus  e  Khan (Sanzhar Madi) tal qual o filme, têm visual, e só...

Os valores de produção como a fotografia de Maksim Osadchiy-Korytovskiy (Stalingrado: A Batalha Final), o figurino de Gulnara Shakhmilova (Geroy), o desenho de produção de David Dadunashvili (Earthquake) e a direção de arte de Alina Morozova (Akademiya) no geral, são bons. O grande calcanhar de Aquiles do filme é o roteiro, de Andrei Gavrilov (Mafia: Igra na vyzhivanie) a partir da história de Andreasyan, que costura todos os clichês possíveis de forma preguiçosa, dando um aprofundamento dos personagens que faz Michael Bay parecer Orson Welles. Faltou apenas uma melhor relação entre a direção e o roteiro para termos ali algo mais do que uma paródia involuntária.  

Kuratov (e sua roupa de músculos de borracha) tem um "plano infalível" para dominar a Rússia e depois o mundo...

Está programada uma continuação, Guardiões 2, em co-produção com a Turbo Films, a distribuidora chinesa do filme. Até cena pós-crédito com gancho para esta sequência o filme tem.  

... mas Khan, Ler, Arsus & Kseniya  unem seus "haduckens", aumentando os seus "kosmos", para assim, derrotarem o vilão...

Quem sabe, acertam na próxima vez? Impossível? Talvez não... Parece que a saga super-heroica russa está apenas começando. Que venha então com mais vodca e caviar para dar um tempero que a proposta está precisando desesperadamente.


"- Presidente Putin, estamos prontos!!!"


segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Amor não tem idade - Crítica - Filmes: Um Perfil Para Dois (2017)

 

Cyrano da melhor idade

por Alexandre César

(Originalmente postado em 11 / 11/ 2017)


Filme conecta idéia do clássico com o mundo digital
 
 
Uma divertida reflexão sobre o amor e o sexo

Ah, O Amor...! Ao observar o mundo a nossa volta percebemos que, por mais que a maneira como nos comunicamos mude, sempre carregamos conosco aquelas emoções e anseios básicos de afeto, dar e receber carinho, estar junto. Não importa se nos conectamos através de uma carta escrita e enviada pelo correio ou - mais atual - por um e-mail, post ou um zap.
 
 
Pierre (Pierre Richard) e Alex (Yaniss Lespert): o viúvo e o jovem escritor

Este é o caso de Pierre (Pierre Richard), de 79 anos. Um emburrado viúvo aposentado que não sai de casa desde o ano retrasado, desde a morte da esposa com quem viveu por 50 anos. Através da ajuda de Alex (Yaniss Lespert), um jovem escritor desempregado que foi contratado por sua filha Sylvie (Stéphane Bissot) para ensiná-lo a usar o computador e a internet, ele cria um perfil num site de relacionamentos e acaba conhecendo a jovem Flora (Fanny Valette), por quem se encanta. Após longas conversas online, que cativam a jovem por sua poesia e forma de expor seus sentimentos, o viúvo decide marcar um encontro. Coisa natural não fosse um pequeno detalhe: ele postou no perfil a foto de Alex e não a sua.

Tal qual Cyrano de Bergerac, Alex, age como se fosse Pierre (que o orienta à distância) para conquistar a adorável Flora (Fanny Valette)

Dirigido e roteirizado por Stéphane Robelin, (E se Vivêssemos Todos Juntos?, de 2011), Um Perfil para Dois atualiza para a era digital a trama central de Cyrano de Bergerac (1897), peça teatral clássica, que foi adaptada para diversos filmes, dos quais vamos citar três. A versão de 1950, dirigida por Michael Gordon, deu o Oscar e o Globo de Ouro de melhor ator a José Ferrer. Uma versão francesa (como esta resenhada) de 1990, dirigida por Jean-Paul-Rappeneau, tem Gerard Depardieu como protagonista. E temos Roxanne (1987), versão comédia dirigida por Fred Schepisi, estreada por Steve Martin e pela eterna sereia /replicante Darryl Hannah.
 

O romance engata,apesar de todos os deslizes de Alex

A questão aqui que gera a inibição do protagonista não é um nariz colossal, mas algo aparentemente mais intransponível: a diferença de idade. Um elemento crucial neste nosso mundo determinado pela imagem, que idolatra o binário “Jovem e Belo” de tal forma que leva muitas pessoas (principalmente as mulheres, ví­timas da obsessão pelo peso e pela idade) a tentar atingir neuroticamente a um ideal inalcançável. Robelin, que em sua filmografia reflete uma especial compreensão das questões da terceira idade, acompanha as consequências dessa farsa com muito bom humor, mostrando o renascer de Pierre e o amadurecimento de Alex para enfrentar as cobranças da vida. Pierre assume um papel de tutor de Alex e este usa da sua experiência com o idoso como base para escrever um roteiro para uma série policial estilo C.S.I.
 
Flora é ao mesmo tempo a seduzida e a sedutora

Existem várias situações no melhor estilo de “comédia de erros”, que, amparados pelo roteiro inteligente, tem especial carinho pelas necessidades e inseguranças da chamada “melhor idade”. Juntas com o ótimo elenco, embalam e levam esta fábula romântica a um final diferente e alegre, inesperado como a própria vida. Afinal amar e viver o amor adoça a vida, seja em qualquer etapa dela.

 

Pierre e Flora estabelecem uma relação de profundo carinho, o que incomoda Sylvie (Stéphane Bissot) a filha dele e Stéphanie Crayencourt) a ex- de Alex