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quarta-feira, 24 de maio de 2023

Limite? Não, não sabemos o que é isso - Crítica - Filmes: Velozes & Furiosos 10

 


Ação, Família e Suspensão de Descrença

por Alexandre César


Novelão tunado segue em frente, resgatando o passado






Desde que Velozes & Furiosos (2001, de Rob Cohen) surgiu, a franquia foi gradativamente crescendo e se tornando cada vez mais superlativa. Inicialmente focada na dualidade entre o parrudo bad boy chefe de gangue especializado em veículos tunados Dominic Toretto (Vin Diesel, de Bloodshot) e o policial certinho infiltrado em sua gangue – e que se afeiçoa a ela – Brian O´Conner (Paul Walker, de Busca Alucinante), ela acabou virando uma versão modo hip-hop dos filmes de James Bond, ancorada nos carros tunados, lutas e na evocação mítica dos valores familiares. Por seu caráter novelesco, a série de filmes permite a personagens falecidos reaparecerem adiante, com explicações de que suas mortes foram encenadas, e a adversários se regenerarem, retornando posteriormente como aliados. O estilo até facilita a introdução de personagens nunca mencionados anteriormente (num retcom extremo), mas que todos agem como se eles sempre tivessem estado lá... 


A Grande Família Toretto recebe as bençãos de Abuelita (Rita Moreno de pé) a matriarca do clã

Dominic Toretto (Vin Diesel) compartilha com sua avó Abuelita, as suas inseguranças




Após os percalços das duas primeiras sequências*1, a franquia estabeleceu suas bases atuais protagonizadas por Toretto e O’Conner a partir de Velozes & Furiosos 4 (2009), dirigido por Justin Lin (Star Trek: Sem Fronteiras). Passando do conflito inicial a parceria, a dupla ainda esteve à frente das aventuras em Velozes & Furiosos 5: Operação Rio (2011) e Velozes & Furiosos 6 (2013), ambos também dirigidos por Lin. A cooperação ente eles só se encerrou em Velozes & Furiosos 7 (2015, de James Wan), devido ao falecimento de Walker num acidente de carro ainda durante as filmagens*2



"A vingança é minha": O cruel  Dante Reyes (Jason Momoa,), se lança numa jornada de vingança contra os Toretto



Durante este percurso, a adição ao elenco de Dwayne “The Rock” Johnson a partir do filme 5 levou a uma rota de colisão entre os dois astros parrudos, ficando a franquia pequena para seus egos. Então Johnson saiu para o spin-off Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw (2019, de David Leitch), levando consigo outro astro, Jason Statham (na franquia desde o filme 6). Apesar do sucesso, especulações do potencial para gerar suas próprias continuações independentes, o longa ainda não tem sequências previstas. Dwayne e Statham foram fazer o spin-off após Velozes & Furiosos 8 (2017, de F. Gary Gray). O filme
Velozes & Furiosos 9 (2021), com Justin Lin retornando à direção e Diesel como protagonista soberano, traz Statham de volta, mas Dwayne permaneceu de fora e foi em busca de outros ares. 



Reyes, toma para si a infraestrutura da Ciberterorista Cypher (Charlize Theron) arqui-inimiga dos Toretto, levando à uma aliança improvável




E chegamos ao mais recente produto da série, agora nos cinemas. Se você curte um filme de ação desenfreada e hiperbólica, totalmente despirocado, para assistir com o cérebro desligado (ou nocauteado...), Velozes & Furiosos 10 (2023), de Louis Leterrier (O Incrível Hulk), é feito para você!!!


Sendo um filme-síntese da franquia, por ele podemos dizer que a série é um amálgama de filmes da Marvel e da DC Comics. Só que, enquanto os filmes de super-heróis cada vez mais procuram apresentar maior seriedade e uma visão “pé-no-chão” (tal qual James Bond) para que seus personagens estabeleçam uma relação mais próxima com o público, Toretto & Cia. foram na direção oposta. Eles abraçam com braços e pernas o conceito de cada vez “mais e maior”, provando que, em sua defesa de tese brucutu, quando se têm galões de óxido nitroso se pode tudo e que verossimilhança, coerência e leis da física, são “coisas de maricas”... Perdoem o tom politicamente incorreto. 


 A hacker Ramsey (Nathalie Emmanuel) e Tej Parker (Ludacris) vão para Roma...

...chefiados por Roman (Tyrese Gibson) , que pela primeira vez lidera uma missão


Dominic Toretto e sua cada vez maior família enfrentam agora um resquício de suas aventuras no Brasil (filme 5). O cruel e alucinado Dante Reyes (Jason Momoa, de Aquaman), filho do finado narcotraficante brasileiro Hernan Reyes (Joaquim de Almeida, de Warrior Num), surge com fogo nos olhos e querendo vingança contra os Toretto, numa trama que vai de Roma ao Rio, passa por Portugal, Inglaterra e Antártida, em um tom divertidíssimo e assumidamente idiota. Não duvido que o roteiro de Dan Maseau (Fúria de Titãs 2) e Justin Lin, que assinam a história, tenha sido escrito usando o Chat GPT ou algum outro tipo de I.A...

Ramsey e Han (Sung Kang) seguem com a missão, apesar de seus pressentimentos


A interpretação de Momoa é histriônica e exuberante, com suas unhas pintadas, passos de balé e um senso de cafonice digna do Coringa,
e para mostrar que é "mau como um pica-pau", ele de cara invade a sede de Cypher (Charlize Theron, de O Escândalo), a ciber-terrorista e arqui-inimiga dos Toretto, e rouba boa parte de sua equipe e mainframe, levando-a a propor uma aliança a Dominic, que tem grandes contas a ajustar com ela (matou Helena, a mãe do filho dele....). É evidente no filme o contraste da performance mais contida de Diesel, se levando a sério, assumindo ares de coach motivacional com a descontração de Momoa, que revela ter se divertido a baldes com seu personagem, pois enquanto ele "toca o terror", Toretto se mostra o pai dedicado do pequeno Brian (Leo Abelo Perry, de Doze é Demais), seu filho surgido no filme anterior e que agora tem uns 12 anos. Toretto está ensinando-o a dirigir, fazer “cavalos-de-pau”, e “sentir o carro”. Provavelmente mais dois filmes e ele estará como um operativo ativo da equipe... 

 

O atentado em Roma é digno de um videogame daqueles bem fora da casinha



Após um típico churrasco de domingo dos Toretto, abençoado com a presença de Abuelita (Rita Moreno, de Amor, Sublime Amor), a matriarca da família, reencontramos Dominic e Letty (Michelle Rodriguez, de Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes) curtindo seu casamento. Ainda reencontramos nesta festa, a caçula Mia Toretto (Jordana Brewster, de Simulant), a esposa do agora ausente Brian O’Conner. Junto com eles, revemos a equipe: o “ex-falecido” Han (Sung Kang, de Power), a dupla Roman (Tyrese Gibson, de Corrida Mortal) e Tej Parker (Ludacris, de Crash: No Limite) e a hacker Ramsey (Nathalie Emmanuel, de Game of Thrones). Após a reunião, o grupo sai para uma missão que se revela uma armadilha, arrastando Dominic e os outros em um processo onde acabam sendo tachados de terroristas. Dominic Toretto retorna ao Brasil, esta terra sem-lei, e num “pega” (com direito à cantora Ludmila como “race girl”) ocorre o primeiro confronto entre os novos adversários e Dante deixa claro, de forma dramática, que Dom não pode salvar a todos. 


Queenie (Helen Mirren) alertaa Dominic Toretto sobre as estratégias de Dante Reyes


O jovem Brian Toretto (Leo Abelo Perry) é protegido pelo "tiozão" Jakob (John Cena)




Marcando o que parece ser o início da reta final da franquia, o filme tem pequenas participações de velhos conhecidos dos fãs: Queenie (Helen Mirren, de Shazam: Fúria dos Deuses), seu filho casca-grossa Deckard Shaw (Jason Stathan, de Megatubarão), o tiozão Jakob Toretto (John Cena, de Pacificador) - que está de guarda-costas de Brian - e o “Pequeno Sr. Ninguém” (Scott Eastwood). Entre as adições de destaque, temos do lado da agência governamental o linha-dura Aimes (Alan Ritchson, de Titãs) e Tess (Brie Larson, de
Capitã Marvel), filha do finado (até agora) “Sr. Ninguém”, e que, contra todas as evidências, aposta na inocência da equipe.


No Brasil, Dominic conhece Isabel (Daniela Melchior) a irmã de Helena, mãe de seu filho



A música de Brian Tyler (Super Mario Bros – O Filme), tal qual um carro, acompanha a mudança de marcha narrativa, ora com temas vibrantes (mas não memoráveis), ora adicionando trechos de músicas clássicas - como “O Lago dos Cisnes”, de Tchaikovski -, acompanhando a zoação de Dante.

Neste jogo de gato-e-rato, a edição de Dylan Highsmith (Star Trek: Sem Fronteiras) e Kelly Matsumoto (Velozes & Furiosos 9) deve ter penado para conseguir com tantos personagens (as filmagens foram difíceis) dar algum sentido a narrativa. Ela vai ora picotando a ação, ora criando planos mais longos, aproveitando a plasticidade das cenas. A fotografia de Stephen F. Windon (Agente Oculto), de tons quentes, valoriza bem as paisagens “brasileiras” (uma mescla de calçadão de Copacabana com a Avenida Lúcio Costa da Barra da Tijuca e favelas de estúdio) e as várias ruas de Roma. O desenho de produção de Jan Roelfs (Periféricos) e das equipes de direção de arte aproveitam bem suas locações e criam versões genéricas dos países retratados. A decoração de sets caracteriza, principalmente nos cenários “brasileiros”, imagens de estereótipos, como a casa de favela de Isabel (Daniela Melchior, de O Esquadrão Suicida), que tem antigos retratos ovais dos velhos familiares e uma TV de tubo! A própria favela, numa mescla de locações e cenários em estúdio, com CGI arrematando, tem ares de uma versão com recursos e realismo (mas não realidade...) da vila do Chaves.

Letty (Michelle Rodriguez) passa por maus bocados, tendo de fazer alianças indigestas


Os figurinos de Sanja Milkovic Hays (Capitã Marvel) lidam com a caracterização dos personagens dentro dos seus estereótipos, destacando-se os modelitos de Dante, como sua jaqueta e botas de couro de Cobra. Eles refletem toda a sua breguice de novo-rico, mostrando que Momoa, de fato, entendeu o que o filme pedia para funcionar.

Os efeitos visuais de Double Negative (DNEG), Freefolk, Industrial Light & Magic (ILM), Lidar Lounge e Outpost VFX são competentes, mas com aquele ar de videogame. Um exemplo está na sequência do atentado em Roma, onde temos uma versão maior e ampliada (e muito!!!) daquela bola de Caçadores da Arca Perdida (1981), que parece uma versão em miniatura (e em chamas) da Estrela da Morte.

Tess (Brie Larson) a filha do "Sr. Ninguém" aposta na inocência de Toretto & Cia. e os ajuda

A direção de arte do "Brasil" aposta naquele estereótipo a que estamos acostumados


Com seu final dramático e inconcluso na melhor tradição de O Império Contra-Ataca (fora a cena pós-créditos que promete uma conclusão apoteótica para a saga), Velozes & Furiosos 10 aposta na eventual passada de bastão para uma nova geração, que deverá gradativamente ser incorporada à Grande Família Toretto, seguindo a tradição de jogar às favas frescuras como as já citadas coerência, leis da física e verossimilhança, mostrando que os desenhos da Warner são coisa do passado. Deverá ser um exemplo daquelas obras que quem gosta verá e quem não gosta verá também, só que para poder falar mal...

As apostas estão feitas! Que seja dada a largada.



Bola 7 na caçapa do meio: No atentado em Roma, a mina rolante tem mais tempo de tela do que muitos nomes do elenco


Notas:

*1: A primeira continuação, +Velozes + Furiosos (2003, de John Singleton), contou apenas com Walker no elenco, pois Diesel estava comprometido com outro filme: A Batalha de Ridick (2004), pertencente a outra franquia que o ator gostava mais. Toretto só retorna na cena final do filme seguinte, Velozes & Furiosos: Desafio em Tóquio (2006, de Justin Lin), pois a escolha de Diesel não tinha dado certo financeiramente e ele precisava de maior visibilidade.



*2: Para a conclusão das filmagens e dar um fechamento a trajetória de O’Conner, a produção usou os irmãos de Walker (com CGI mudando suas feições) e cenas não usadas do ator em filmes anteriores da franquia. O personagem, porém, não morreu. Ele se retira do grupo para cuidar dos filhos, deixando em aberto seu possível retorno de alguma forma.



"AOO IINFINIITOOO EE ALÉÉÉMMM!!!"

domingo, 14 de maio de 2023

O responsável por tudo isso... - Perfil: George Lucas


Nerd pioneiro

por Alexandre César
(Originalmente postado em 14/ 05/ 2018)


O "pai de todos" os modernos aspirantes a cineastas

Com Maggie McOmie no set de "THX-1138" (1971), seu debut, para a tela grande, produzido por Francis Ford Coppola

 

 Se você não suporta esse momento nerd atual, onde abundam filmes e séries de ficção-científica, fantasia e super-heróis, repletos de efeitos visuais onde tudo em cena é um objeto de merchandising visando tirar até o último centavo dos fãs, culpe George Walton Lucas Jr. (Modesto, 14 de maio de 1944) ou melhor George Lucas , produtor, roteirista e diretor cinematográfico norte-americano. Mundialmente famoso como criador das franquias , produtor, roteirista e diretor cinematográfico norte-americano. Mundialmente famoso como criador das franquias Star Wars e Indiana Jones , Lucas está entre as pessoas mais ricas e influentes do mundo, com fortuna estimada em 5 bilhões de dólares.
 
 
American Zoetrope Studios: Coppola (no alto da escada), Lucas (embaixo e atrás da escada, com óculos escuros) e uma geração de jovens cineastas aventureiros

 
Curiosamente o homem de empresa é o resultado dos esforços de um jovem rebelde que lutava contra o sistema instituído em Hollywood. Queria levar às telas as imagens que tinha em sua mente, mas, para fazê-lo, precisava ter um suporte logístico que lhe permitisse essa execução. Ele mesmo nos comentários de seus filmes dizia que de certa forma a trajetória de Anakin Skywalker - de Cavaleiro Jedi a Darth Vader, Lorde Sombrio de Sith - não deixava de ser uma alegoria da sua própria caminhada, de cineasta independente a homem de negócios bem-sucedido...
 
 
Capa do Blue-Ray de "American Graffiti - Loucuras de Verão" (1973)
 
O jovem californiano George Lucas era um apaixonado por automóveis, que muitas vezes dirigia com “Indiana”, a sua inseparável cadela malamute do Alaska, sentada ao lado, na poltrona do carona (familiar não?). Mas um terrível acidente mudou a sua maneira de ver a vida, com ele tendo de ficar de cama por meses se recuperando e estudando para passar o tempo. Leitor voraz, devorava tudo o que encontrava pelo caminho sobre mitologia e narrativas de aventura. 
 
Durante a década de 1960, Lucas estudou cinema na Universidade da Califórnia do Sul, uma das primeiras a ter uma cadeira dedicada a essa temática, onde conheceu Francis Ford Coppola. Nessa época fez uma série de pequenos filmes, entre os quais, um curta, . Nessa época fez uma série de pequenos filmes, entre os quais, um curta, THX-1138, que iria se seria a base de seu primeiro longa-metragem em 1970, que Coppola produziu. Naquela década, ao sair de casa após uma discussão com seu pai, que queria que “deixasse essas loucuras de lado e achasse um emprego de verdade”, teria dito que iria provar para ele e que antes dos 40 se tornaria milionário. Cara de palavra está aí...
 
Com Sir Alec Guinnes na Tunísia, na locação do primeiro "Star Wars" no longínquo ano de 1976

 
Após fazer a graduação, fundou o estúdio American Zoetrope, em parceria com Coppola, companhia que tinha por objetivo ajudar seus realizadores a criar filmes de forma livre, fora do circuito opressivo de Hollywood. Neste período entre os anos de 1973 e 1974, George Lucas escreveu Star Wars, influenciado por diversas fontes para construir a saga, dos seriais de Flash Gordon dos anos de 1930 e em Planeta dos Macacos (1968), a série literária John Carter e o livro Duna, e outras inspirações como o Samurais de Akira Kurosawa, somado à sua maior inspiração, que foi um livro de não ficção chamado, O Herói de Mil Faces , escrito pelo mitologista Joseph Campbell. A obra retrata um herói que avança do mundo rotineiro para uma região maravilhosa e sobrenatural, forças explêndidas são encontradas lá , uma vitória decisiva é conquistada o herói volta dessa jornada misteriosa e aventura com o poder de distribuir benção aos seus companheiros.

Para viabilizar a sua saga espacial, Lucas criou a Industrial Light & Magic , que desenvolveu a tecnologia de efeitos especiais para o cinema (que na época parecia um beco sem saída).
 
Lançado na época em 77, em apenas 40 cinemas, que aceitaram exibir o filme, foi um sucesso monstruoso, com excelente divulgação prévia e efeitos especiais de alta qualidade para a época, logo tornou-se um divisor de águas na história do cinema. Com isso, Lucas conseguiu dinheiro o suficiente para abrir suas próprias empresas cinematográficas e seguir com seus projetos.
A American Zoetrope não teve sucesso, mas com o dinheiro ganho com American Graffiti - Loucuras de Verão (1973) e Star Wars (Episódio IV: Uma Nova Esperança - 1977), Lucas conseguiu montar a sua própria companhia, a Lucasfilm.
 
Para melhorar a tecnologia de captação e reprodução sonora nos cinemas, Lucas criou a Skywalker Sound. 
 
 
1977: As filas nos cinemas para as sessões do primeiro filme da saga "Star Wars" consagraram a visão de Lucas e justificaram todo um modo de ser. Começava a vingança dos nerds!!!

 
A bilheteria monstruosa das aventuras de Luke, Leia e Han Solo abriu espaço para a criação de seu império corporativo e - fato inédito - controle total sobre a comercialização da marca que criara para o cinema em brinquedos, quadrinhos, pôsteres, acessórios e toda a sorte de produtos licenciados, inaugurando uma nova era e iniciando a aceitação do “ser nerd “ no meio social, de certa forma justificando todo um modo de vida. O dia de lançamento do primeiro filme da saga “ no meio social, de certa forma justificando todo um modo de vida. O dia de lançamento do primeiro filme da saga Star Wars (25 de maio) foi posteriormente instituído como o “Dia do Orgulho Nerd”. A culpa é toda dele, pessoal!
 
 
Lucasfilm: A evolução do logo da "face corporativa" de Lucas através dos anos


Tanto a Skywalker Sound quanto a quanto a Industrial Light & Magic tornaram-se respeitadas empresas em seus campos. Também a tornaram-se respeitadas empresas em seus campos. Também a Lucasfilm Games, mais tarde rebatizada de , mais tarde rebatizada de LucasArts, foi muito bem vista na indústria dos jogos de computador.
 
Mas nem só de Star Wars vive George Lucas, tendo criado também o mais famoso e mais amado arqueólogo do mundo: Henry Jones Júnior, ou Indiana Jones, inspirado nos seriados de aventura nos cinemas dos anos de 1930-40.
 
Steven Spielberg, Harrison Ford e George Lucas: a base da Era dos Nerds

 
Dirigidos pelo amigo Steven Spielberg e estrelado pelo “astro do século 20” Harrison Ford, a série já acumula quatro filmes de muito sucesso, além de uma ótima série de TV - infelizmente subestimada, apesar de seu genial embasamento histórico. Indiana, a sua cadela malamute do Alaska, serviu novamente de inspiração, já que ela tinha lhe dado a ideia para o “wookie” Chewbacca, o co-piloto do contrabandista coreliano Han Solo (sempre Harrison Ford).
 
Lucas & "Indiana": Do espaço às escavações arqueológicas

Lucas foi multado pelo Sindicato dos Diretores por colocar os créditos da produção apenas no fim da exibição do filme original de Star Wars. Após ter pago a multa abandonou a organização. Isto impediu que Steven Spielberg dirigisse o filme que fecharia a primeira trilogia da saga: Star Wars - Episódio VI: O Retorno de Jedi (1983, dirigido por Richard Marquand), (1983, dirigido por Richard Marquand), pois Spielberg não queria perder a chance de um dia ganhar o Oscar de melhor diretor - o que efetivamente conseguiu por a A Lista de Schindler (1993). 
 
Lucas ganhou o Globo de Ouro de melhor filme com de melhor filme com American Graffitti. Com o primeiro filme que criou da franquia Star Wars (Episódio IV: Uma Nova Esperança), ganhou os Oscars de Efeitos Visuais, Mixagem de Som, Montagem, Direção de Arte, Figurino e Trilha sonora. No campo da Ficção Científica, o filme ganhou os consagrados prêmios Hugo de Melhor Apresentação Dramática e Nebula de Melhor Roteiro.
 
 
As trilogias de "Star Wars" e seus derivados: A "primeira" -cronologicamente falando - dividiu opiniões, mas amarrou a "clássica" e muitos veem com bons olhos em comparação com a "nova"

 
Após chegar a afirmar que, não faria a trilogia que dá origem aos três filmes que consagraram os Jedis no mundo, e 20 anos após o lançamento do filme original a trilogia clássica foi relançada com uma repaginada nos efeitos visuais. Mais adiante Lucas retomou a saga da “galáxia muito muito distante” com Star Wars Episódio - I: A Ameaça Fantasma (1999) no intuito de virar essa página em sua vida. Procurando amarrar as pontas soltas quanto às origens do conflito da saga clássica, e com opiniões distintas entre amor e ódio por parte do fandom, ele prosseguiu com Star Wars - Episódio II: O Ataque dos Clones (2002) e Star Wars - Episódio III: A Vingança dos Sith (2005). Doa a quem doer, ele fechou a saga inicial, demonstrando sua habilidade como diretor de espetáculo e suas limitações como diretor de atores. O que mais marcou esta segunda trilogia (primeira, cronologicamente falando) foi o fato de ser um diretor tentando dialogar com uma plateia duas a três gerações distante da sua.
 
Lucas na divulgação da compra de sua empresa pela Disney
 
 
O momento de passar a tocha adiante era inevitável, de forma que O momento de passar a tocha adiante era inevitável, de forma que Star Wars pudesse prosseguir. Surpreendendo a todos pôs à venda em 2012 a Lucasfilm e suas afiliadas, fechando negócio com a e suas afiliadas, fechando negócio com a Walt Disney Company por 4 bilhões de dólares. A imensa bilheteria e o volume avassalador de merchandising dos filmes da nova trilogia, animações, spin-offs e séries com atores em produção que surgiram desde então mostram que público ávido para tudo isso existe. Infelizmente, a Disney e Katlheen Kennedy (que o prório Lucas indicou para  presidir a Lucasfilm) não seguiram as orientações dele quanto aos rumos que a saga deveria seguir, optando por um rumo próprio na trilogia sequel, capitaneada por J. J. Abrams que dividiu o fandom, e cujo desfecho com Star Wars: A Ascenção Skywalker  rachou a fanbase de forma traumática.
 
 
Lucas assistiu a tudo isso de fora, e só tempos depois com a ascenção de David Filoni e Jon Favreau  com O Mandaloriano recolocaram este universo ficcional nos eixos (agora no streaming pela Disney +), que apesar de deslizes como O Livro de Boba Fett e Obi-Wan Kenobi, também rendeu acertos como Star Wars Visions, Contos dos Jedi (nas animações) e Andor, que apesar da pouca audiência, se mostrou a melhor série ambientada na "galáxia muito, muito distante" numa trama adulta e impactante, discutindo temas profundos. Ainda levará um tempo para se perceber qual será realmente o rumo que a franquia deverá tomar...
 
Momento Hitchcock: Lucas e família.

 
Quanto a vida pessoal, Lucas tem três filhos adotivos: Amanda (nascida em 1981), Katie (nascida em 1988) e Jett (nascido em 1993). Os quatro fizeram uma aparição Star Wars - Episódio III: A Vingança dos Sith. Ele como o Barão Papanoida, as meninas como suas filhas e o garoto como um padawan que é morto no ataque ao Templo Jedi durante o expurgo da Ordem. Tais personagens renderiam um episódio do desenho Star Wars: Guerras Clônicas escrito pela filha Katie.
 
Foi casado com Marcia Lucas de 1969 a 1983. Em Em 2006, iniciou um romance com a empresária Mellody Hobson. Em 22 de junho de 2013, os dois se casaram no Skywalker Ranch. O casal tem uma filha, Everest Hobson Lucas, nascida em 9 de agosto de 2013, via barriga de aluguel (as máquinas de clonagem de Kamino não estavam disponíveis devido à sua destruição, ocorrida na primeira temporada de Star Wars The Bad Batch).

 

"Sr. Lucas, queira nos acompanhar para prestar alguns esclarecimentos quanto aos últimos cinco filmes da franquia por favor..."