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segunda-feira, 26 de abril de 2021

Legado e parceria - Crítica: Falcão e o Soldado Invernal




Os amigos do Capitão

 
por Alexandre César


Sam Wilson e a Jornada do Herói

 


 

"- É como se fosse de outra pessoa."

 Foi nesta cena de Vingadores: Ultimato (2019) de Anthony e Joe Russo, quando um Steve Rogers (Chris Evans) já velho passa o escudo (e o manto) para Sam Wilson (Anthony Makie de Altered Carbon), pergunta a ele como é a sensação de segurar o escudo, o que Sam responde com esta declaração, refletindo a pressão sentida por este ao receber não só o escudo, como o manto de ser o novo Capitão América, encontrando a sua própria voz nesse processo.

 

Legado: Sam Wilson (Anthony Makie) se sente intimidado de dar continuidade à uma lenda

Bucky Barnes (Sebastian Stan) é assombrado por seu passado como o Soldado Invernal

 

E é assim que se estabelece a questão norteadora de Falcão e o Soldado Invernal, nova série da Disney/Marvel (veiculada no streaming pela Disney+): Legado, a noção do pertencimento de uma tradição, do qual um indivíduo precisa estar consciente do seu merecimento, para não poder leva-la adiante e não sentir que "é como se fosse de outra pessoa"... e assim, instigado por Bucky Barnes, o Soldado Invernal (Sebastian Stan de O Diabo de Cada Dia) que luta para exorcizar seus fantasmas de seu período como agente condicionado mentalmente pela H.Y.D.R.A. e enquanto busca pelo perdão oficial do governo norte-americano, se trata com uma terapeuta, e revela possuir uma lista de pessoas que lhe trouxeram problemas, seja por associação com a H.Y.D.R.A., ou por terem feito algum tipo de mal a ele no passado, ou as listadas também como seus "alvos", pes-soas que tiveram suas vidas afetadas pelas suas próprias atitudes.

 

"Um povo, um mundo": Karli Morgenthau (Erin Kellyman) lidera os "Apátridas"

 

Vislumbramos numa cena bem impactante, parte do passado do personagem, quando ele ainda era um assassino de elite, coisa que a fotografia de P.J. Dillon (Altered Carbon) trata de forma sutil a luz e o matiz de cor, mostrando a subjetividade do personagem.  

 

 John Walker (Wyatt Russell) o novo "Capitão América" e Estrela Negra (Clé Bennet)

 

O principal arco da série é jornada de Sam Wilson, da recusa inicial, face à pressão sentida ao receber o escudo do Capitão América (que permeou praticamente todos os episódios) até a aceitação da responsabilidade e sua consagração final. Fica nítida essa trajetória ao vermos o governo americano dar o escudo e a identidade de Capitão América à John Walker (Wyatt Russell de Operação Overlord) que ao usar o manto azul, vermelho e branco frente aos holofotes acaba perseguindo obsessivamente o ser reconhecido como Capitão América, caindo numa espiral decadente apesar de uma breve redenção final. As ações deste novo Capitão América ajudam a avançar a trama da relação entre Sam e Bucky que confronta Sam Wilson sobre a escolha de Steve Rogers e nesta escalada, se estabelece a divertida dinâmica criada em Capitão América: Guerra Civil (2016) chegando a um novo patamar, com a troca de animosidades típicas de um relacionamento de irmãos. Esse clima de comédia policial graças à boa dinâmica entre Mackie e Stan.

 

"-Ser herói dá dinheiro???": Sam e sua irmã Sara (Adepero Oduye) tentam um empréstimo sem sucesso para salvar o negócio da família

A Dra. Christina Raynor (Amy Aquino) faz com Bucky e Sam uma "análise de casal" para soltar a raiva e o stress reprimido da dupla...

 

Entre "brincadeiras", provocações e troca de olhares (no melhor estilo Bad Cop – Good Cop), a dupla rastreia o grupo dos Apátridas*1, "terroristas", que estão dispostos a matar e morrer para propagar sua mensagem de um mundo unificado, o que bate de frente com o Conselho Repatriação Global (CRG), organização que cuida da questão referente à metade da população global que ficou sumida por 5 anos após o “estalar de dedos” de Thanos, e que após isto ser desfeito, o ressurgimento dessa metade da população obviamente deve ter tido impactos colossais (tanto no sumiço quanto no ressurgimento) na economia, política, produção de alimentos, fronteiras nacionais e habitação por todo o globo, coisa que poderia ter sido mais explorado na série.
 
 
Batroc, o Saltador (Georges St. Pierre no centro) dá as caras logo no primeiro episódio
 
 
Sendo liderados por Karli Morgenthau (Erin Kellyman de Han Solo: Uma História Star Wars), os Apátridas transportam armas ilegais pela Alemanha para equipar outros esquadrões do grupo terrorista, originalmente financiado pelo misterioso Mercador do Poder que, após uma ruptura com o grupo, passa a caçá-los.
 
a ex-agente da S.H.I.E.L.D. Sharon Carter (Emily VanCamp) teve de "se virar" nestes 5 anos em que foi persona "non grata" e foragida do governo americano


  Ao longo da trama vemos personagens conhecidos dos quadrinhos como Batroc, o Saltador*2 (o ex-lutador de MMA Georges St. Pierre), o contato de Sam Wilson nas missões Joaquin Torres (Danny Ramirez de Valley Girl) cujo destino ainda promete grandes desdobramentos*3, a Condessa Valentina Allegra de La Fontaine (Julia Louis-Dreyfus de Veep), a ex-agente da S.H.I.E.L.D. Sharon Carter (Emily VanCamp de Revenge) que se revela uma grande surpresa nos acontecimentos pivotais da série, e o Barão Helmut Zemo (Daniel Brühl de Adeus Lênin!) o mais articulado vilão do Universo Cinematográfico Marvel que num diálogo lapidar coloca que “o conceito de um supersoldado inevitavelmente leva à idéias supremacistas, sejam os nazistas, sejam os Vingadores ou os Apátridas...” e curiosamente as próprias Dora Milaje de Wakanda, quando surgem atrás do Barão ao dizerem que “- A jurisdição das Dora Milaje é onde as Dora Milaje estão!!!” confirmam a verdade de que, qualquer nação poderosa militar e tecnologicamente, sai passando por cima das outras, usando também um discurso supremacista.
 
 
Estrategista: O Barão Helmut Zemo (Daniel Brühl) rouba cada cena que aparece, além de evoluir na pista de dança...


Competência: Ayo (Florence Kasumba) e as Dora Milaje saem atrás de Zemo, dando uma surra na dupla e, em Walker, mostrando que não precisam usar o soro do supersoldado

 
Os valores de produção não devem nada à produções cinematográficas. Na vertiginosa edição de Jefrey Ford (Vingadores: Ultimato), Todd Desrosiers (Legion) e Kelley Dixon (Breaking Bad) que trabalha bem as sequências de ação como na luta em alta velocidade sobre um comboio de caminhões, onde é revelado que os mascarados possuem o soro do super-soldado, quando o Falcão e Soldado Invernal, só saem vivos do confronto após intervenção do novo Capitão América e seu ajudante Estrela Negra (Clé Bennett de Jogos Mortais: Jigsaw numa muito boa performance) dando o ritmo cinético necessário, e alternando com momentos emocionalmente mais intensos, como quando, para a alegria dos fãs dos quadrinhos, Wilson e Barnes viajam a Maryland, nos Estados Unidos, para se encontrarem com Isaiah Bradley (Carl Lumbly de Doutor Sono, As Aventuras de Buckaroo Banzai), que enfrentou o Soldado Invernal na Guerra da Coréia, e num misto de revolta, ressentimento e dor conta a sua história de cobaia de experimentos do governo americano, refletindo o racismo crônico da sociedade americana, relatando os episódios do Experimento Tuskegee*4 e do esquadrão Red Tails*5 cujos membros ao retornarem da guerra enfrentaram a mesma rotina de segregação e hostilidade.
 
Dívida histórica: Isaiah Bradley (Carl Lumbly) foi o Capitão América do pós-guerra que o governo americano "varreu para debaixo do tapete" da história


 Outra cena que enfatiza isto, é a de uma discussão entre a dupla, que fazem com que policiais abordem Sam de forma hostil, enquanto Bucky é tratado com respeito, refletindo o nosso momento, em que uma parte (muito) problemática do público protesta contra tramas de cunho social na cultura pop, sendo por isso importante vermos uma franquia com o alcance do UCM tratar de forma direta e sem rodeios um problema que há séculos se faz presente na sociedade ocidental. Os figurinos de Michael Crow (Dante´s Cove) e Eric Daman (Bilions) trabalham bem a caracterização dos personagens, e seus estratos sociais, usando trajes básicos para os personagens mais “povão” e a incrível recriação do novo uniforme de Sam Wilson como o novo Capitão América, que parece um super-anjo da guarda. 
 
Novos rumos: A Condessa Valentina Allegra de La Fontaine (Julia Louis-Dreyfus) dá a John Walker uma segunda chance, como o "Agente Americano"

 O rico desenho de produção de Ray Chan (Dungeons & Dragons) aliada à direção de arte de Jiri Matura (Homem-Aranha: Longe de Casa), Jennifer Bash (Cemitério Macabro), Jordan Crockett (Doutor Estranho), Andres Cubilan (Godzilla vs. Kong), Pavel Krejci (Miracle Workers) e Petr Kunes (Carnival Row) e a decoração de sets de Katerina Koutska (Das Boot) e Anne Kuljian (Mulan) recria espaços icônicos do universo Marvel como Madripoor, com vários easter-eggs, além de ambientes familiares mais intimistas como as casas da família de Sam e a de Isaiah Bradley, com seus tons terrosos, que contrastam com o elegante e austero apartamento de Zemo, ou as instalações High-Tech da CRG, bem cleans e impessoais. O trabalho do supervisor de efeitos visuais de Eric Leven (The Orville) coloca os efeitos visuais de Legacy Effects, Lidar Guys, Rodeo FX e Trixter ampliando os espaços e dando palpabilidade em cenas como o incrível plano sequência do primeiro episódio, digno de qualquer filme de James Bond ou do próprio UCM, embalado pela música de Henry Jackman (Pokémon – Detetive Pikachu) que acompanha a ação e sublinha os momentos mais indies e familiares da trama. 

A fictícia ilha de Madripoor é uma ótima mostra da elegante fusão da direção de arte, da fotografia e dos efeitos visuais para enriquecer a narrativa
Em Madripoor, Zemo guia Sam e Bucky no rastro do "Mrcador do Poder"

 

 Ao final Falcão e o Soldado Invernal dá o prometido, no seu básico, apesar de pouco desenvolver o mote do impacto global do “estalar de dedos” e seus desdobramentos, que acabou sendo inesperadamente o "equivalente Marvel"  da pandemia do COVID-19 (um evento não esperado que virou o mundo de ponta-cabeça, obrigando todos à se adaptarem a este "novo normal") mas acerta ao mostrar que sem sombra de dúvidas que Sam Wilson é realmente o digno sucessor de Steve Rogers, não por saber lutar e impor soluções, mas por ser capaz de ouvir, e sentir empatia pelo outro, o que realmente define um herói.

 

Após vários percalços Sam assume o legado, treinando com o escudo incansavelmente (só faltou ouvirmos ao fundo "The Eye of the Tiger") até o domínio perfeito

 

 

Notas:
 

 
*1: Nas HQs, Apátrida é o nome de um vilão do Capitão América, que também possui objetivos similares aos do grupo visto na série. 
 
 

*2: Batroc é um vilão secundário que já enfrentou vários heróis da Marvel, sendo conhecido por esse "título" por ser usuário do La savate (também conhecida como boxe française) arte marcial caracterizada por usar golpes de chutes e pulos muito altos, tendo algumas similaridades com o kickboxing. 
 
 
 
*3: Joaquín Torres é um personagem dos quadrinhos recentes da Marvel, sendo conhecido por ter sido o substituto de Sam Wilson como Falcão, quando Sam assumiu o manto do Capitão América. 
 
 

*4: O “Experimento Tuskegee” foi uma pesquisa feita pelo Serviço Público de Saúde do governo americano, em parceria com a Universidade de Tuskegee, Alabama, realizada entre 1932 e 1972, em que 399 ho-mens negros (todos homens pobres, e agricultores do Alabama) foram inoculados (sem o seu conhecimento), sob a informação de estarem sendo tratados de “sangue ruim” com a sífilis e mantidos sem tratamento (só placebos) para se pesquisar os efeitos da doença. Ao final dos 40 anos do experimento, 28 dos 399 homens haviam morrido de sífilis, além de 40 esposas terem sido contaminadas e 19 crianças nasceram com sífilis congênita. O episódio, e sua divulgação, levaram a um pedido oficial do presidente Bill Clinton em 16 de maio de 1997.
 
 

*5: o Esquadrão Red Tails (também conhecidos como Tuskegee Airmen) foi uma equipe composta por pilotos negros (a primeira), que escoltavam bombardeiros, como os B-17 entre outros, nos raids da Segunda Guerra Mundial. Apesar de inicialmente pilotarem caças de segunda linha como os Bell P-39 Airacobra e os P-47 Thunderbolt, rapidamente construíram uma reputação de grande coragem, vindo a ser muito requisitados e tempos depois recebendo caças mais potentes como os P-51 Mustang, que os notabilizaram.


 

Anjo salvador: E eis que surge o novo Capitão América, capaz de lutar, mas principalmente de dialogar, assim como Steve Rogers acreditava.

 

 

segunda-feira, 19 de abril de 2021

Pluralidade digital - Love, Death & Robots 1ª Temporada

 

O perigo da tela azul

 
por Alexandre César
(Originalmente postado em 02/11/2019)


 Antologia animada da Netflix surpreende 


"A Vantagem de Sonnie"
 
Uma vez na época da faculdade ouvi que a expressão “Vinho, Mulheres e Guerra” seria a versão medieval de “Sexo, Drogas & Rock´n Roll”. Coisa que me ficou na memória por um bom tempo. Agora, neste tempos distópicos de internet, onde tudo ou é on-line ou por streaming, surge agora na Netflix a série cujo título é a materialização deste conceito em versão sci-fi: Love, Death & Robots (2019), série que se compõe de uma antologia de curtas metragens nos variados estilos de animação e abordagem de temas de fantasia, horror e ficção-científica, às vezes na proposta lembrando um pouco Black Mirror, outra série de formato antológico também da grade de plataforma, mas enquanto esta tem uma assumida influência do clássico de Rod Serling Além da Imaginação, esta aqui tem uma pegada mais colorida e abrangente, indo graças à sua variedade de estilos visuais e narrativos do visual gamer num CGI 3D, foto-realista e se levando à sério, até ao tradicional 2D, indo do realista ao mais cartunesco possível, remetendo às clássicas revistas em quadrinhos Metal Hurlant , a sua versão americana, a Heavy Metal, e as revistas da Warren Publishing Company, que moldaram toda uma geração de artistas e profissionais das artes visuais e áudio-visuais.
 
 
"Proteção contra Alienígenas"
 
  Criada por David Fincher (Seven, Clube da Luta) e Tim Miller (diretor do primeiro Deadpool e do vindouro Terminator: Dark Fate), nesta 1ª Temporada temos vários formatos de episódios, de metragem variada, percorrendo vários conceitos que, se muitos deles já foram abordados anteriormente em inúmeros filmes, séries, contos, etc... aqui ganham em concisão e eficiência por justamente estarem numa narrativa de curta-metragem, não havendo espaço para encheção de linguiça e firulas narrativas desnecessárias. 15 anos após o lançamento de Animatrix (The Animatrix), lançada no agora longínquo ano 2003 em cima do tremendo sucesso da trilogia sci-fi Matrix, uma antologia de animação não era tão aguardada assim, onde percebe-se a grande liberdade que foi dada a cada equipe e estúdio responsável por episódio, tendo cada um deles cerca de 5 a 15 minutos de duração, criados por diferentes cineastas ao redor do mundo, incluindo animadores da Hungria, França, Canadá e Coreia do Sul, entre outros, em 18 histórias que na sua maioria, não aconselháveis para menores de 18 anos...
 
 
"Era do Gelo"
 
Destaco os episódios “Proteção contra Alienígenas” de Frank Balson, do Blur Studio, baseado numa história de Steven Lewis que nos mostra fazendeiros defendendo suas terras de pragas; “Para Além da Fenda de Áquila” de Leon Bérelle, Dominique Boidin, Rémi Kozyra e Maxime Luère do Unit Image, baseado numa história de Alastair Reynolds, onde a tripulação de uma nave fora de curso procura descobrir o seu paradeiro; “Dia de Pescaria” de Damian Nenow, do Platige Image Studio, baseado numa história de Joe Lansdale, onde após a quebra de seu carro no deserto, dois vendedores têm uma “viagem” surreal; “13, Número da Sorte” de Jerome Chen, do Sony Pictures Imageworks, baseado numa história de Marko Kloos, que num conto de guerra relata a relação entre uma piloto e a sua nave; “Ponto Cego” de Vitaliy Sushhko (baseado numa história de sua autoria), produzido por Elena Volk,onde temos um bando de ciborgues realizando um roubo num cenário tipo Mad Max; “Era do Gelo” de Tim Miller, baseado numa história de Michael Swanwick, temos Topher Grace e Mary Elisabeth Winstead lidando com uma situação doméstica surreal.

Destacam-se como os melhores desta temporada:
 


“Os Três Robôs” de Victor Maldonado e Alfredo Torres, do Blow Studio, baseado numa história de John Scalzi, mostrando a divertida excursão de três amigos cibernéticos ao planeta Terra, lar de uma extinta civilização: A humana. Uma pequena obra-prima do humor satírico;
 
 

 
“Boa caçada” de Oliver Thomas, do Red Dog Culture House baseado numa história de Ken Liu, onde vemos a improvável amizade do filho de um caçador de espíritos com uma criatura mágica numa Hong Kong steampunk, numa pequena obra-prima digna de Katsuhiro Otomo ou Myazaki; 
 
 
 
“Ajudinha” de Jon Yeo, da Axis Studios baseado numa história de Claudine Griggis, onde uma técnica de manutenção de satélites tem um dilema vital. Ficção - Científica espacial claustrofóbica, lógica e concisa; 
 
 

“Zima Blue” de Robert Valley, do Passion Animation Studios, baseado numa história de Alastair Reynolds, onde num estilo gráfico descolado um famoso artista plástico conta à uma repórter sobre as suas origens e o objetivo de seu trabalho e, refletindo questões como a busca do sentido da vida, o “eterno retorno” e o valor da arte;
 

  “A Guerra Secreta” de István Zorkóczy da Digic Pictures, baseado numa história de David W. Amendola, onde um valoroso pelotão do Exército Vermelho combate o avanço das trevas nas florestas siberianas durante a Segunda Guerra Mundial. Se você curte games de guerra, irá adorar.
 
 
"Dia de Pescaria"
 
E é isso. Falar mais de Love, Death & Robots é cair no diletantismo. Assistam e concordem ou discordem desse que vos tecla, pois haverá justificativas para qualquer ponto de vista uma vez que a antologia prima pelo ecletismo. Seja você humorista, fã de ficção - científica, ou gamer de Call of Duty haverá o que o satisfaça. Sirvam-se...
 

 
E que venha a 2ª Temporada!