domingo, 17 de outubro de 2021

É melhor não espionar o vizinho... - Novos Clássicos: A Hora do Espanto (1985)


O pecado mora ao lado, e... tem dentes! 
 
por Alexandre César

Clássico de 1985 continua insuperável
 

 
Charley Brewster (William Ragsdale de Manequim) é um adolescente fã de filmes de terror, em especial os do astro Peter Vincent (Roddy McDowall da cinesérie O Planeta dos Macacos original no papel de sua vida), e é louco para perder a virgindade, apesar de sua namorada Amy Peterson (Amanda Bearse de Um Amor de Família) colocar resistência às suas investidas. Uma noite, após uns amassos (que só ficaram nos amassos) ele, por acaso observa que na sinistra casa ao lado, novos moradores estão de mudança e, levando um caixão (muito bem trabalhado por sinal) para o porão. Sua mãe Judy Brewster (Dorothy Fielding de Chicago Hope) lhe informa, que ficou sabendo que os novos moradores são dois homens. 
 
 
O astro de filmes "B" Peter Vincent (Roddy McDowwall) reina nas madrugadas na TV local

 
No dia seguinte, voltando da escola, é abordado por uma linda scort girl (Heidi Sorenson) procurando um endereço, que ele informa ser o da casa ao lado. À noite, estudando para a prova, Ouve um grito de mulher vindo da casa vizinha, e no dia seguinte, descobre pela TV que aquela mulher foi encontrada morta de forma bizarra. Seu amigo Evil Ed Thompson (Stephen Geoffreys de Estação 44: O Refúgio dos Exterminadores) lhe diz ter ouvido que a mulher e outro morto que apareceu anteriormente não tinham uma gota de sangue!
 
 
O "fanboy" Charley Brewster (William Ragsdale), sua garota Amy Peterson (Amanda Bearse), e seu amigo "Evil Ed" Thompson (Stephen Geoffreys)ficam sabendo de coisas estranhas

 
Mais tarde, após cochilar com um binóculo, tal qual James Stewart em Janela Indiscreta (1954) ele vê na janela da outra casa, uma linda adolescente (Irina Irvine) se despindo, tendo atrás de si um homem alto nas sombras, que a acaricia.
 
 
A linda "scort girl" (Heidi Sorenson) pergunta à Charley onde fica um endereço, que é a casa ao lado (recentemente alugada). Pela madrugada ele ouve um grito de mulher...
 
Tudo muito sexy, só que ao se aproximar da garota, ele abre a boca, exibindo longos caninos e (para o horror de Charley), ao dar o bote, ele pára, porque viu que estava sendo observado, indo para a janela, e a fecha, exibindo os seus longos dedos com unhas pronunciadas*1  para ter a privacidade de que precisa. Espionando o lado de fora da casa, Charley vê o misterioso vizinho, que adora morder maçãs (que com uma mordida tira mais do que uma metade...) surgir do nada, entregando ao seu parceiro, que coloca no carro um grande volume (do tamanho de uma pessoa) embrulhado num saco, uma bolsa. Charley chega a conclusão que o seu vizinho é um vampiro!!!
 
 
Na outra noite, Charley obseerva uma jovem (Irina Irvine) sendo seduzida por seu vizinho e descobre "peculiaridades" sobre ele, e para seu horror, ele percebe o "garoto enxerido"!
 
No dia seguinte Charley chama a polícia, encontrando Billy Cole (Jonathan Stark de A Casa do Espanto) o outro morador da casa, e logo acaba passando ridículo e sendo enxovalhado pelo detetive Lennox (Art..J. Evans). Após o vexame, vai pedir ajuda a Evil Ed (pagando) que lhe diz que um vampiro só pode entrar em uma casa se for convidado por alguém de dentro. Mais tranquilo, após vigiar a casa sinistra, sua mãe o chama para conhecer o novo vizinho que veio visitá-los e ela prontamente convidou: Jerry Dandrige (Chris Sarandon de Um Dia de Cão) um elegante e charmoso negociante de arte. Mais tarde, pela madrugada ele surge (assoviando Strangers In The Night) para “ter uma conversinha” com Charley, que só não perde a vida por pura sorte, ficando claro para o jovem que seus problemas acabam de apenas começar...


Charley chama a polícia e, Billy Cole (Jonathan Stark) o cuidador da casa durante o dia mostra ao detetive Lennox (Art..J. Evans) o absurdo das suas acusações...

 
Escrito e dirigido por Tom Holland (Brinquedo Assassino) A Hora do Espanto (Fright Night -1985) foi um dos filmes que revitalizaram o gênero terror, injetando humor e inteligência, mas respeitando os cânones da mitologia dos clássicos da Universal, e da Hammer Films.
 
 
À noite, o charmoso Jerry Dandrige (Chris Sarandon) visita Judy Brewster (Dorothy Fielding), que o convida à entrar, "melando" toda a estratégia de Charley
 

Em 1985, os filmes de vampiros estavam fora de moda. Os últimos lançamentos significativos do gênero até a época haviam sido os remakes de Nosferatu dirigido por Werner Herzog (O Mandaloriano) com Klaus Kinski e Isabelle Adjani em 1977 e o de Drácula por John Badhan em 1979, com Frank Langella e Laurence Olivier. Assim o foi até a Columbia Pictures resolver bancar o filme de estreia, como diretor de Tom Holland, que antes havia trabalhado como roteirista de Psicose II (Psycho II,1980) e Os herois Não Têm Idade (Cloak and Dagger -1984).
 
 
Pela madrugada, já podendo ir e vir Jerry vem ter "uma conversinha" com Charley, que se salva por pura sorte
 

Para diminuir o custo de produção, a Columbia cedeu os direitos de divulgação para sua divisão menor, a Tristar, que para fazer tudo com um preço ainda mais camarada, empurrou a produção para sua divisão ainda menor, a Vistar Organization (depois renomeada Vista Organization) e então, o resto virou história...
 
Amy e "Evil Ed", para ajudar Charley, decidem pagar...

...à Peter Vincent para provar a Charley, que Jerry Dandridge não é um vampiro

Inicialmente para o papel de Charley Brewster foi escalado um jovem Charlie Sheen, mas Holland optou por William Ragsdale, na época com 24 anos, porque “Sheen é um herói, e eu precisava do 'rapaz da casa ao lado', coisa que Ragsdale é sem sombra de dúvida!” e assim, de forma semelhante, foi a escalação de Amanda Bearse, na época com 27 anos, para o papel de Amy pois apesar da idade, tanto ela quanto Ragsdale convenciam como adolescentes. Chris Sarandon, que já havia atuado no gênero em A Sentinela dos Malditos (1977) foi escalado para o papel de Jerry Dandridge (e inicialmente relutou em aceitar o papel por temer virar um ”ator de filmes de terror”) pois era o ator que Holland estava procurando para o sedutor vampiro, que em alguns momentos emula os trejeitos dos atores da Hammer, numa homenagem aos clássicos do gênero. 
 
 
Peter Vincent faz o seu "teatro" para Charley, para satisfação de "Evil Ed" e Amy...
.... que ficam fascinados com o charmoso Jerry, para  temor de Charley
 
 
Sarandon colaborou com várias idéias, sendo as mais marcantes a do seu hábito de comer maçãs ( devia ser para mascarar o hálito putrefato de um morto-vivo...) e a do quadro da moça do passado de Dandridge idêntica à Amy, de forma a que Dandridge fosse algo mais do que uma força do mal impessoal e assim, dar-lhe mais complexidade e dimensão como personagem.
 
 
Logo o grupo se separa, e Jerry pega "Evil Ed", perseguindo depois Charley e Amy
 
 
 
Inicialmente Holland convidou Vincent Price para encarnar Peter Vincent, já que o nome do personagem entrega a fonte de inspiração (Price e Peter Cushing, o eterno Van Helsing da Hammer) mas, o velho astro estava querendo dissociar a sua carreira do gênero do terror e declinou do convite, e após ser apresentado ao diretor por um amigo comum, foi que Roddy McDowall, pegou o papel. 
 
Numa Discoteca, Jerry rapta Amy após provocar um alvoroço, levando-a para seu antro

 

Na época com 57 anos e já tendo de longa data familiaridade com o fantástico, McDowall criou à perfeição o aparentemente arrogante e covarde ex-astro de filmes de horror, tendo se baseado em atores (cujas carreiras não decolaram, mas que sempre faziam questão de reviver as glórias do passado citando os filmes nos quais participaram...). 
 
Logo Charley e Peter Vincent decidem invadir a casa de Jerry Dandridge

 
Tipos que ele conheceu ao longo da vida, tendo traçado na sua preparação (para dar consistência à sua atuação), a trajetória da carreira do personagem como alguém que “ após trabalhar em vários papéis menores, era apenas lembrado por alguns filmes de gênero dos anos 60, só lhe restando este nicho para se agarrar e não ser esquecido pelo público”, baseando suas reações ao perigo no Leão Covarde de O Mágico de Oz
 
 
ambos decidem encarar o mal
 
 
Por mais que tenha brilhado na série original de O Planeta dos Macacos, além de participações icônicas nos clássicos O Carrasco de Pedra (1964), A Casa da Noite Eterna (1972) e em seriados como Galeria do Terror, Viagem Fantástica entre outros tantos, O farsesco caçador de vampiros (cujo verdadeiro nome é Herbert McHoolihee) tornou-se o maior e melhor papel de sua longa carreira, que começou quando menino junto com a amiga Elizabeth Taylor nos filmes da cadela Lassie.
 
"Apenas bons amigos!!!"
 
Completando o elenco, Stephen Geoffreys como Evil Ed, Jonathan Stark como Billy Cole, o zumbi e Dorothy Fielding como Judy Brewster, se juntaram criando os seus personagens durante a elaboração do filme. Foi estabelecido que os pais de Charley eram separados, morando em cidades diferentes (apesar de não ser comentado em cena) morando ele com sua mãe Judy, que trabalha num hospital em regime de plantão. Evil Ed foi ao longo das filmagens foi sendo construído como o garoto nerd (ficando subentendido nos diálogos) que sofria Bullying dos demais garotos do colégio, além de ser provavelmente gay*2, da mesma forma, que estabeleceu-se (sendo depois desenvolvido em novelizações) que Billie Colle e Jerry Dandridge moravam juntos há 150 anos, sendo que Billy, como marceneiro, além de vigiar a casa durante o sono de Jerry, restaurava os móveis e objetos de arte que este comercializava, vindo daí a sua fortuna, além dos dois terem um relacionamento romântico aberto.
 
Uma das cenas mais marcantes do filme é a da transformação de ''Evil Ed", num lobo

O filme, produzido por Herb Jaffe (O Vento e o Leão) teve um orçamento de US$ 9,5 milhões, a maioria usado nos efeitos visuais, sendo o primeiro filme de vampiros a gastar 1 milhão em efeitos visuais, supervisionados por Richard Edlund (da trilogia Star Wars clássica) pela Entertainment Effects Group de Douglas Trumbul (2001: Uma Odisséia no Espaço), com efeitos especiais (físicos) de Michael Lantieri (Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros), supervisão de Mattes paintings de Neil Krepela (O Último Grande Herói), Matt Yuricich (Duro de Matar) e Michele Moen como artista de matte (Eu Sou a Lenda) além das criaturas animatrônicas de Randall William Cook (cinesérie O Senhor dos Anéis) e Steve Johnson (O Segredo do Abismo) que junto com a maquiagem de Ken Diaz (Os Aventureiros do Bairro Proibido) e os efeitos de maquiagem de Rick Stratton (Logan) e Dale Brady (A Experiência) deram conta de toda a parte fantástica do filme, com usos de câmera subjetivos para mostrar o vôo do vampiro quando morcego (transformando-se na sombra), planos sequência que fundiam as mattes paintings (em mais de uma camada) com as paisagens reais de forma primorosa, ou ainda mostravam o vampiro andando diante de um espelho (que não reflete a sua imagem!!!) e sincronizadamente abre uma porta que no reflexo abre sózinha, além da transformação de personagens em monstros de bocas descomunais*3.
 
 

Jerry começa a tornar Amy numa sensual vampira
 
 
Passados mais de 35 anos, nota-se que os efeitos visuais, resistiram muitíssimo bem à passagem do tempo, colocando muito CGI atual de filme genérico no chinelo, pois segundo o próprio Holland: “Há momentos no filme onde eu quis deliberadamente sugerir mais do que mostrar alguns poderes sobrenaturais dos vampiros. Algumas sequências de vôos foram feitas com efeitos óticos, mas outras foram criadas para mostrar o ponto de vista do vampiro sobrevoando locais (…). Uma coisa que eu queria evitar a todo custo era ter os efeitos especiais sobrepondo a atuação...” e as atuações foram memoráveis!
 

Amy tenta atacar Charley, assumindo  proporções monstruosas

 
A fotografia de Jan Kiesser (Dr. T e as Mulheres) brinca muito bem com as diferenças de profundidade de plano e a palheta de cores vivas, com vários contrastes entre claros e escuros, valorizando o desenho de produção de John DeCuir Jr. (Top Gun Ases Indomáveis) e a decoração de sets de Jerry Adams (Uma Noite Alucinante 2) que caracterizam bem a casa assombrada de Dandridge, mesclando objetos de arte e mobiliário elegante e o apartamento de Peter Vincent, repleto dos adereços de seus filmes, parecendo um museu das glórias perdidas de um ator decadente.
 
 
A noite logo dá lugar ao dia, e Jerry foge dos raios do sol, transformando-se num morcego, que ataca Peter Vincent e Charley
 
 
Os figurinos de Robert Fletcher (Jornada nas Estrelas: O Filme, e dos 3 seguintes da franquia) repaginaram a figura do vampiro, cuja larga trenchcoat é uma atualização da clássica capa, aqui de tom verde (que é a cor complementar do vermelho, cor do cachecol que Dandrige usa) além dos trajes descolados que usa quando em ambientes noturnos como a discoteca, que a música de Brad Fiedel (O Exterminador do Futuro) fugindo dos tons orquestrais usa uma batida de sintetizador, dando o tom sensual que a modernização do conceito do vampiro sedutor pedia, e que a edição de Ket Beyda (Viagem Insólita) sublinha num pique narrativo sem sobressaltos, mas de ritmo contínuo.
 

A atualização do visual do vampiro clássico

Envolto por uma grande campanha de marketing, A Hora do Espanto teve uma das mais bem-sucedidas estreias do gênero terror, sendo o mais bem sucedido filme de horror do verão de 1985 e o segundo do gênero de maior bilheteria no ano, faturando US $ 6.118.543 no fim de semana de estréia em 2 de agosto de 1985 (1.545 cinemas, US $ 3.967 em média), e tendo um faturamento bruto doméstico de US $ 24.922.237 nas bilheterias. atrás apenas de A Hora do Pesadelo 2: A Vingança de Freddy, conseguindo se pagar ainda no primeiro fim de semana de exibição e, desde o seu lançamento, recebeu críticas positivas dos críticos e se tornou um clássico cult, mantendo um índice de aprovação de 91% no Rotten Tomatoes ( a classificação média é 7.33 / 10 com base em 35 avaliações). O consenso do site diz: "Fright Night combina habilmente emoções e humor nesta história fantasmagórica sobre um adolescente que vive ao lado de um vampiro". No Metacritic tem uma aprovação de 62/100 indicando "avaliações geralmente favoráveis". O crítico Roger Ebert deu ao filme três das quatro estrelas e escreveu: "Fright Night não é um filme distinto, mas é muito divertido não ser distinguido". A Variety elogiou o desempenho de Sarandon, citando que ele "é fantástico como o vampiro, bastante distinto e afável até que suas unhas comecem a crescer e seus olhos brilham".
 
 
Acima , um Mate Painting mudando aspecto da paisagem real em Oak St. pois Tom Holland não queria um visual que remetesse às cidades mais do interior, e não a Culver City, Los Angeles 

A casa de estilo vitoriano de Jerry Dandrige na cidade cenográfica da 'Disney Studio Back Lot Residential Street'  construída em 1961, tendo locação de vários filmes do estúdio


A música-tema “Fright Night”de Joe Lamont interpretada pela J.Geils Band portou-se bem nas paradas de sucesso garantindo mais algum lucro para o estúdio. Aqui no Brasil o filme recebeu o título A Hora do Espanto e não Noite do Espanto (sua tradução mais correta) devido à moda de filmes com nome A Horasurgida com A Hora do Pesadelo. A partir daí, qualquer filme era distribuído por aqui com o nome A Hora Similar com a moda nos anos 90 de colocar Kickboxer em qualquer filme de luta e ainda hoje em dia em colocar Pânico em tudo que é título de terror.
 
 
Uniforme (cosplay) de "Caçador de Vampiros" a partir do figurino de Peter Vincent

 
A série ainda teve o mérito de dar um novo gás aos filmes de vampiros na segunda metade da década de 80 que posteriormente nos legaram Quando Chega a Escuridão, Os Garotos Perdidos dentre outros filmes divertidos e de boa qualidade, e até gerou uma série de quadrinhos*4.
 

A Hora do Espanto 2 (Fright Night-Part II - 1988)
 
 
Anos depois, Charley Brewster, e Alex ( (Traci Lind ) visitam Peter Vincent

 
Passado um tempo, o grande sucesso de A Hora do Espanto, reaqueceu o sub-gênero dos Filmes de Vampiros, que voltou à moda e gerando muito lucro a grandes e pequenos estúdios. Assim, a Columbia Pictures, obviamente, não iria deixar que uma nova oportunidade de lucrar escapasse de suas mãos, e a sequência se tornou inevitável. Por estar envolvido na direção de Brinquedo Assassino, tanto Tom Holland quanto Chris Sarandon não estavam disponíveis para retornar nesta parte dois, mas o estúdio não queria esperar, surgindo assim, 3 anos depois de sua estreia A Hora do Espanto 2 (1988) dirigido por Tommy Lee Wallace (Vampiros, os Mortos,Halloween III, It: Uma Obra-Prima do Medo) que junto com os roteiristas Tim Metcalfe (Confissões de um assassino) e Miguel Tejada-Flores (Assassinos Cibernéticos) que eram mais conhecidos por terem escrito o roteiro da comédia A Vingança dos Nerds (1984), fecharam o roteiro do filme, que apesar A boa notícia é que apesar do temido subtítulo “parte dois” A Hora do Espanto 2 é considerada uma sequência quase tão boa e que, se não supera, não faz feio ao filme original justamente por manter os elementos que funcionaram no primeiro filme além de expandir novas temáticas funcionais dentro da trama.
 
 
Uma trupe estranha se muda para o prédio onde Peter Vincent mora

 
Assim, passados quatro anos após a batalha contra Jerry Dandridge (mostrado num flashback inicial), Charley Brewster (Ragsdale de volta ao papel) já na faculdade, conclui suas sessões de terapia, que o convenceram que Dandridge era na verdade um assassino sequestrador, devoto de cultos, que desencadeou nele um mecanismo de defesa que o fêz acreditar que ele fosse um vampiro, que ele agora sabe que não existem!!! Sugerido pelo seu psiquiatra, Dr. Harrison (Ernie Sabella de O Desafio)  Charley, com a sua nova namorada*5, Alex Young (Traci Lind de O Fantástico Mundo do Dr. Kellog) decide procurar por Peter Vincent (McDowall também de volta) , com quem não falava desde o confronto contra Jerry, devido à fobia que desenvolveu. Ele decide não falar a Vincent que não acredita mais em vampiros, deixando-o acreditar que tudo continua como antes. Saindo do apartamento de Peter, Charley e Alex se deparam com um grupo de pessoas de estilo bastante exótico e incomum que acabaram de se mudar para o mesmo edifício de Vincent. A líder do grupo, é a extremamente atraente Regine (Julie Carmen de À Beira da Loucura), uma artista performática, que acabara de chegar na cidade. Charley fica encantado por ela.
 
 
Família: Louie (Jonathan Gries), Bozworth (Brian Thompson, a líder Regine Dandridge (Julie Carmen) e Belle (Russel Clark)

 
A partir daí, uma série de mortes passa a ocorrer no Campus e a vida de Charley vira de cabeça para baixo, devido aos inúmeros acontecimentos estranhos. Peter Vincent, descobre que Regine, é na verdade, é uma vampira, e irmã de Jerry Dandridge, que, busca por vingança. Seu plano: Roubar o show televisivo*6 de Peter Vincent e vampirizar Charley, para torturá-lo eternamente. Charley, sem saber, teve seu sangue sugado por Regine, durante o sono, ocasionando-lhe mudanças como sono extremo e sensibilidade à luz, além da fixação repentina por pescoços femininos. Peter avisa Charley, porém, ele não acredita nas palavras de Peter, que, decide inicialmente arrumar as malas e fugir, mas resolve invadir o estúdio e matar Regine, sendo preso e mandado para um hospício. Charley só dá razão a Peter, quando o seu colega de quarto na faculdade, Richie (Merritt Butrick de Jornada nas Estrelas II A Ira de Khan), que estava em uma festa na cobertura de Regine, aparece morto, no dia seguinte.
 
Louie passa a se aproximar de Alex, com intenções "românticas"


Alex, que terminou com Charley, por conta do seu comportamento estranho, passa a ser cortejada por Louie*7(Jonathan Gries de Deu a Louca nos Monstros) o “vampirosomen”, um dos lacaios de Regine, que ainda tem na sua trupe Belle (o coreógrafo Russel Clark) o andrógino vampiro “Michael Jackson” que ataca as suas presas usando patins, e Bozworth (Brian Thompson de Stallone: Cobra) o chofer papa-insetos que classifica entomologicamente as sua presas e as degusta como um gourmet*8. Charley, agora, precisa reunir forças para enfrentar Regine e o seu grupo .... antes que acabe se tornando um deles, definitivamente.
 
 
O psiquiatra de Charley, o Dr. Harrison (Ernie Sabella o convence de que "vampiros não existem!"
 
 
De orçamento menor que seu antecessor, o filme teve US$ 7,5 milhões de orçamento e 45 dias de filmagem, o que é um trunfo, uma vez que existem mais personagens e embora não tão vistosos, os efeitos visuais de Gene Warren Jr. (cine série Anjos da Noite) pela Fantasy II não fazem feio, tendo uma cara divertida de “filme B”, auxiliada pela fotografia de Mark Irwin (Robocop 2) e a edição de Jay Cassidy (Trapaça) que valoriza o desenho de produção de Dean Tschetter (Meus Vizinhos Picaretas), a direção de arte de Randy Moore (O Curioso Caso de Benjamin Button) e a decoração de sets de Michele Starbuck (Flores no Sótão) que compõem ambientes sofisticados e amplos como o enorme apartamento de Regine, cheio de cortinados como uma grande casa noturna, em contraste com o aspecto rústico e funcional da casa de máquinas e do fosso do elevador do prédio, ou o apartamento funcional bagunçado de Charley e Richie, no campus (bem distinto dos de Alex, que é delicado e organizado), fora o apartamento de Peter Vincent, que cresce em tamanho e na variedade na decoração de elementos usados em seus filmes.
 
 
Tal como no filme anterior, Charley pratica o voyerismo ao espionar Regine

Os figurinos de Joseph A. Porro (O Mandaloriano) definem bem os personagens, como Regine, com amplo uso de corpetes, capas e peles, além da sua trupe ou nos convidados boêmios de sua festa, em contraste com os trajes simples e comuns de Charley, o rapaz normal e pouco sofisticado, coisa que a sensual trilha musical de Brad Fiedel sublinha com seus acordes e sintetizadores, incluindo hits como “In The Midnight Hour” de Wilson Pickett e Steve Cropper cantada por Wilson Pickett, “Dressed In Red” de Leslie Lewis “Louie, Louie” escrita e interpretada por Richard Berry e “Come To Me” composta e escrita por Brad Fiedel cantada pela voz sensual de Deborah Holland.
 
"A Bela e a Fera" Regine Dandridge sabe ser as duas coisas

 
A única questão negativa quanto ao Hora do Espanto 2 é que era quase certo que teríamos uma parte 3, uma vez que Roddy McDowall e o diretor do original Tom Holland foram convidados para conversarem com o produtor Jose Menendez sobre a possibilidade de realizarem um terceiro capítulo da saga vampiresca, mas o encontro nunca aconteceu uma vez que Menendez foi assassinado pelos próprios filhos e como consequência, o filme foi meio que abandonado em sua campanha de marketing, resultando numa distribuição capenga (o lançamento oficial foi em apenas um pouco mais de 100 cinemas nos Estados Unidos), e assim A Hora do Espanto 2 nunca chegou a se pagar, transformando o que parecia ser um sucesso garantido num fracasso que acabou sendo a quebra da Tristar e a falência da Vista Organization e apesar de ter sido bem recebido pela crítica (o crítico brasileiro Rubens Ewald Filho o considerou "tão bom quanto o original"), e assim,  não teve a mesma repercussão. Mas com o passar do tempo, o filme tornou-se um cult movie, se mantendo como uma interessante produção do gênero a despeito de algumas limitações técnicas, pois quando comparadas com as atuais produções, o filme ainda se destaca com carinho pelos fãs.
 
 

A Hora do Espanto (Fright Night - 2011)
 
 
O perigo mora ao lado: Jerry Dandridge (Colin Farrel) continua com as maçãs...

 
O tempo passou e com o novo século e a mania dos remakes, em 2011 surgia a nova versão de A Hora do Espanto produzido pela Dreamworks Pictures e distribuído mundialmente pela Walt Disney Motion Pictures através do rótulo Touchstone Pictures, revisitando o sucesso de 1985 e mantendo a trama básica do jovem que descobre que seu vizinho é realmente um vampiro, culminando em uma batalha entre os dois, mas recontextualizando personagens e ambientação.
 
Charley Brewster (Anton Yelchin) não quer mais saber da amizade com o "nerd" Eddie "Evil Ed"  Lee (Christopher Mintz-Plasse) que o alerta sobre Dandridge...


Dirigido por Craig Gillespie (Eu, Tonya) e com o roteiro do filme adaptado por por Marti Noxon (Buffy: A Caça-Vampiros), inclusive com contribuições de Steven Spielberg na produção do filme, como cenas de storyboard e assistência na edição. O ponto positivo deste novo A Hora do Espanto é se manter fiel ao material original de Tom Holland, tomando algumas liberdades em relação ao clássico oitentista: Peter Vincent (David Tennant de Doctor Who) não é mais um velho ator desempregado, mas um mago que apresenta um show em Las Vegas; Amy (Imogen Poots de Vivarium) não é mais tão tímida; Eddie "Evil Ed" Lee (Christopher Mintz-Plasse de Kick-Ass: Quebrando Tudo) o melhor amigo de Charley não é mais tão esquisito sendo ele quem descobre que Jerry é um vampiro. Jerry Dandridge (Colin Farrell de Alexandre) é mais contido, e não tem mais seu fiel lacaio Billy Cole (Jonathan Stark no filme de 85) e dando mais conteúdo a Jane Brewster (Toni Collette de Hereditário) que aqui se torna um personagem de fato, além de Amy ser um pouco menos uma "donzela em perigo", mas, tendo sua maior falha na construção de Charley (Aton Yelchin da trilogia Star Trek), o protagonista principal. Se no filme de 1985 era fácil simpatizar com o personagem de William Ragsdale (que era um bom rapaz), aqui, o personagem de Yelchin é quase odiável, agindo como um grande babaca, que diz coisas como "Minha vida melhorou quando parei de andar contigo" para seu amigo Eddie, atitude que o personagem clássico jamais tomaria! Enfim, é muito difícil simpatizar com ele logo de cara, que só começa a ganhar nossa admiração apenas perto da metade do filme.
 
 
Jane Brewster (Toni Collette) e Amy (Imogen Poots) se unem a Chaley para combater o perigo real e imediato...

 
Lógica: Um grande momento é quando Dandridge explode a tubulação de gáz de Charley: " - Se não existe casa, eu não preciso pedir permissão para entrar!"

 
O filme estreou mundialmente na The O2 em Londres em 14 de agosto de 2011. Foi lançado nos Estados Unidos pela Touchstone Pictures em 19 de agosto de 2011, no Real 3D, tendo sido amplamente divulgado nos Estados Unidos, com uma exibição prévia realizada na San Diego Comic-Con International em 22 de julho de 2011, e estreando em sexto lugar de arrecadação em sua semana de estréia (US $ 7.714.388 em seu fim de semana de estréia), tendo faturado cerca de US $ 41 milhões, contra um orçamento de produção de US $ 30 milhões.
A película foi filmada principalmente na cidade de Rio Rancho, um subúrbio a noroeste de Albuquerque, Novo México . As cenas de Peter Vincent no palco foram filmadas no Centro Cultural Nacional Hispânico. Fright Night teve bons valores de produção, com fotografia de Javier Aguirresarobe (Thor: Ragnarok), edição de Tatiana S. Riegel (Eu, Tonya), design de produção de Richard Bridgland (Alien vs. Predador), direção de arte de Randy Moore (O Curioso Caso de Benjamin Button) e James F. Oberlander (Gamer - Jogo Mortal) e decoração de sets de K.C.Fox (Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres) e figurinos de Susan Matheson (Vice) e a trilha sonora do filme composta por Ramin Djawadi (Game of Thrones), reunindo 20 músicas, apesar de não ser o seu trabalho mais memorável. O filme foi lançado pela Touchstone Home Entertainment em Blu-ray, Blu-ray 3 D, DVD e download digital em 13 de dezembro de 2011.
 
 
Peter Vincent (David Tenant) e Charley Brewster unem esforços para destruir Dandridge...

 
 O remake de A Hora do Espanto teve recepção geralmente favorável por parte da crítica especializada. Em base de 30 avaliações profissionais, alcançou uma pontuação de 64% no Metacritic conseguindo o fato de ser bem mais avaliado que o original. O agregador de críticas Rotten Tomatoes atribuiu ao filme uma classificação de 72% com base em 178 críticas e uma classificação média de 6.28 / 10. O consenso crítico do site diz: "Pode não ter sido necessário refazer o clássico cult de 1985, mas o novo Fright Night se beneficia de ótimas performances de Colin Farrell e David Tennant - e é inteligente, divertido e com estilo sangrento". As pesquisas do Cinema Score relataram que o público médio de espectadores deu ao filme um "B-" na escala A + a F. O crítico Roger Ebert elogiou a comédia, a direção, a inspiração para refilmagem e o uso de CGI no filme, mas não recomendou a versão 3D do filme por ter "muitas cenas noturnas e interiores mal iluminados."Robert Koehler, da Variety, escreve: Fright Night tem "uma mistura inteligentemente equilibrada de sustos e risadas". O Brasileiro Adoro Cinema deu 2,5/5 estrelas ganhando um certificado de "regular", chamando-o de um filme "regular para quem conhece sua origem e incrível para quem não conhece". O público deste mesmo site deram 3,9/5 estrelas ao filme.
 
 

 
A Hora do Espanto 2 ( Fright Night 2: New Blood - 2013)
 
Ele Vira Ela: Aqui, ao invés de "Jerry Dandridge" temos Gerri Dandridge (Jaime Murray) ou melhor: Elizabeth Bathory, a "Rainha Sangrenta"...

Nóias: Os alunos “Evil”Ed Banes,(Chris Waller) e Charlie Brewster (Will Payne) fazem intercâmbio na Romênia, mas o que menos querem é estudar...

Seguindo a moda dos
remakes que assolou (e ainda assola) o gênero, o próprio remake de A Hora do Espanto de 2011 ganhou sua “sequência”: Fright Night 2: New Blood (2013) no Brasil, A Hora do Espanto 2 dirigida por Eduardo Rodriguez, lançada diretamente no mercado de DVD e Blue-ray, sendo na verdade um remake de Fright Night, embora nenhum dos atores do primeiro filme reprisar seus papéis (para ficar mais barato, a maioria dos atores é desconhecida) sendo filmada na Romênia e embora tenha sido exibido como uma sequência, o filme repete o enredo do original e do remake de 2011, sem nenhuma referência aos eventos anteriores (por exemplo, o personagem de Evil Ed, morto em Fright Night,está vivo na "sequência").
 
 
As locações na Romênia permitiram fazer um filme de baixo orçamento com bom visual...

...pois a mão-de-obra do leste europeu é boa e bem mais barata do que a americana...


 Na trama, um jovem estudante, Charlie Brewster (Will Payne de A Tenda Vermelha), se inscreve em um programa de intercâmbio na Romênia, com seu amigo obcecado por terror, “Evil”Ed Banes,(Chris Waller de Inbred), e a ex-namorada Amy (Sacha Parkinson de Mr. Selfridge), e ele logo descobre que sua jovem e atraente professora Gerri Dandridge (Jaime Murray de Defiance) é uma vampira (na verdade, a “Rainha Sangrenta” Elizabeth Bathory), mas como ninguém acredita nele, a solução é recorrer a Peter Vincent (Sean Power de Máquina de Guerra) o apresentador de um programa similar ao “Caçadores de Fantasmas” do A&E e Syfy Channel (ou outras baboseiras que vemos no Discovery e no History Channel) . Na verdade, “Evil” Ed acha divertido e isso só alimenta sua obsessão por vampiros.
 
Peter Vincent (Sean Power),Charley Brewster,“Evil”Ed Banes e Amy (Sacha Parkinson) logo têm de encarar a bela e implacável vampira...

 
  Personagens similares fazem parte do filme, que embora seja visualmente interessante, o roteiro é bastante fraco e se limita a mostrar Charley e cia. fugindo dos vampiros, carecendo do mesmo mal que assola a maioria das releituras fílmicas atuais, onde os efeitos, sonoplastia, movimentos de câmera e fotografia parecem ter um peso maior do que a trama ou os próprios personagens. Esquecível.
 
Não faltam insinuações de lesbianismo no filme, com cenas de nudez feminina...

 
Gerri descobre que no sangue de Amy está a chave para ficar imune à luz do sol...

 
Em 2016 Chris Griffiths realizou o documentário You´re So Cool, Brewster! The Story of Fright Night sobre os dois filmes originais com entrevistas dos atores, diretores, técnicos e artistas envolvidos,apresentado por Simon Bamford, que fez Peter Vincent numa série de trailers fakes do que seria a filmografia do personagem, dirigidos por Griffiths.
 
 
Fake do fake: Chris Griffiths como Peter Vincent nos fake trailers...

 
 
No cômputo final  A Hora do Espanto, como franquia, cresceu tendo uma boa sequência em 1988, e um remake razoável em 2011, seguido por uma “reimaginação” dispensável em 2013. Ainda devemos citar um remake de Bollywoodfoi produzido em 1989, falado em hindi intitulado Wohi Bhayakar Raat (वही भंयकर रात), estrelado por Kiran Kumar como o vampiro. Se você procurar, até encontra na internet (mas veja por sua própria conta e risco...).
 
 
"Wohi Bhayakar Raat" (वही भंयकर रात) com Kiran Kumar, como o samgue-suga
 

"Wohi Bhayakar Raat" (वही भंयकर रात) como todo filme de Bollywood, tem dança! Seja com ou sem vampiro...

 
 O filme original continua imbatível, com o seu vampiro modernizado (mas ainda sim à moda antiga) num filme que (tirando a moda dos anos 80) não envelheceu, sendo o mais datado dele a divertida sequência passada em uma discoteca onde a música do Devo é ouvida (mostrando toda a potência dos sintetizadores da época) pode parar a imagem e apreciar os detalhes da moda daquele tempo, agora tão distante...
Caso você compre o DVD ou o Blue-ray (até a algum tempo atrás, só o importado) Os efeitos continuam muito bons (e ainda melhores que os de muitos filmes atuais) e com atuações também memoráveis, o que nestes tempos de Crepúsculo (com seus vampiros vegetarianos que brilham ao sol), Vampire Diaries e filmes satirizando esses dois títulos (que costumam ser menos engraçados e ridículos que os filmes que satirizam), mostram o quanto mais 'Tom Hollands' (não necesariamente, Homens-Aranhas...) são necessários, coisa que nos estimula a sair à noite e quem sabe (se você estiver disposto) combater o mal, desde que você carregue uma cruz e tenha realmente fé...
 
 
Notas:
 

 
 
*1: O ator  Chris Sarandon, numa entrevista, disse ser difícil ir ao banheiro usando aqueles prolongamentos protéticos.
 

*2: O ator Stephen Geofreys, o Evil Ed deu uma virada (sem duplo sentido) totalmente na carreira. Após A Hora do Espanto, e de ter participado de vários episódios de séries de TV como Além da Imaginação e inclusive e estrelado filmes B como Força Demoníaca (1988), o debut de Robert Englund (o Fredy Kruger) na direção, deu uma guinada em sua carreira no começo dos anos noventa assumiu o pseudônimo Sam Ritter e começou a atuar em pornôs gay, tendo trabalhado neste nicho até 2002. Seus últimos trabalhos mais conhecidos no gênero terror foram Sick Girl (2007), Mr. Hush (2011), Do Not DIsturb (2013), Lazarus (2014) e The Emerging Past Director´s Cut e o filme de ação Check Point (ambos de 2017) além de outros projetos em desenvolvimento.
 



*3: Além da máscara da boca descomunal cheia de dentes que cobria sua boca e maxilar, a caracterização de Bearse como a Amy vampirizada incluía uma peruca de longas madeixas e um busto protético, para tornar a personagem mais sensual e voluptuosa.
 
 
 
 A caracterização de vampiro-monstro de Jerry Dandrige foi inspirada em Os Vampiros de Salem (1979) série de TV dirigida por Tobe Hooper com David Soul e James Mason, baseada no livro de Stephen King (publicado no Brasil como A Hora do Vampiro) que inclusive foi fonte de inspiração para os interiores da casa de Dandrige que evoca a Mansão Marston da obra, além da observação que Dandridge faz à Peter Vincent de que um crucifixo só funciona contra um vampiro se o usuário tiver fé.
 
 
 

 
*4: Houve uma quadrinização em 1988 pela Now Comics, uma editora pequena, num total de 22 números mantendo os personagens Charley Brewster, Peter Vincent, com Evil Ed como personagem recorrente e ao final havia a ressurreição de Jerry Dandridge, numa trama que não foi concluída pela falência da editora em 1990.
 
 

 
*5: Como Amanda Bearse não se interessou em retornar ao papel de Amy, por já estar comprometida com a série Um Amor de Família, a solução foi criar um novo par para Charley, sendo que numa cena deletada da edição final ele dizia a Alex que Amy pós um tempo, começou a mudar o seu comportamento.”- Ela começou a sair com homens mais velhos, todos de alguma forma lembravam vagamente Jerry Dandridge. Um deles possuía um banco e se casou com ela, mudando-se para Houston”.
 
*6: Aqui temos o maior furo em relação ao cânone da série (e da mitologia clássica do vampirismo), pois se como visto no primeiro filme vampiros não se refletem em espelhos, Regine não seria registrada pelas lentes das câmeras de TV, não aparecendo nas telas.
 
 

 
*7: Como Stephen Geofreys não retornou ao papel e Evil Ed por estar sendo o protagonista de Força Demoníaca (1988) a solução foi ser “revelado” que ele de fato foi morto por Peter Vincent, e o seu personagem foi transformado em Louie, o atrapalhado vampirosomen. Originalmente o ator Josh Richman (Beijos e Tiros) faria Louie, mas acabou ficando com o papel de Fritzy, o paciente do hospício que ajuda Peter Vincent à fugir.
 
 

*8: Foi ideia do ator Brian Thompson que Bozworth recitasse a classificação dos Insetos que degusta. São citados: Hydriomena Nubliofasciata (mariposa do carvalho), Arnocantodes Flavistrilaria Boduleria (mariposa comum), Giugiumopsis Surumopsus Angustacollus  (besouro necrófago)
 
 
 

 
 

 

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