por Alexandre César
A obra de Philip Pullman finalmente é adaptada à altura

O filme de 2007: Nem Nicole Kidman e Daniel Craig evitaram o fiasco de um roteiro fraco e genérico...
Recentemente sagrado Sir. Phillip Pullman, durante sua vida como professor de literatura em Oxford, concebeu uma história envolvendo elementos de fantasia, como feiticeiras, ursos polares falantes e daemons (representação da alma com forma de animal) empregando conceitos e ideias de uma ampla gama de campos, como a física, filosofia e a teologia numa obra direcionada ao público infanto-juvenil que não lhes subestima a inteligência ao instigar-lhe o gosto pelo debate e a discussão de idéias... fato que o faz ser considerado um dos 50 mais importantes autores ingleses pós-segunda guerra e conquistar uma legião de fãs que tal qual os seguidores de um certo bruxinho acompanham incansavelmente as suas narrativas fantásticas.

Lord Asriel leva a pequena Lyra para a Universidade
Jordan invocando o "Santário Escolástico" para protegê-la...
His Dark Materials (no Brasil Fronteiras do Universo) é uma série literária de fantasia e ficção-científica compreende a trilogia formada pelos livros A Bússola Dourada (1995), A Faca Sutil (1997) e A Luneta Âmbar (2000). A série segue o amadurecimento de duas crianças, Lyra Belacqua e Will Parry, em sua jornada por uma série de universos paralelos com um pano de fundo de eventos épicos, parcialmente inspirada no poema Paraíso Perdido, de John Milton, a trilogia reinterpreta o tema da queda da humanidade, sendo alvo de controvérsia por conta de seus aspectos de crítica à religião. Jack Thorne (que adaptou o universo de Harry Potter para o teatro, num espetáculo de muito sucesso), produzida pelo canal britânico BBC One (Durante a produção da série, a HBO comprou os direitos de exibição internacional.) em parceria com a New Line Cinema e a Bad Wolf (ex-produtora de Doctor Who), filmado em Cardiff, no País de Gales, sendo os 2 primeiros episódios dirigidos por Tom Hooper (O Discurso do Rei, Cats).

10 anos depois a Levada Lyra Belaqua (Dafne Keen) e seu
amigo Roger Paslow (Lewin Loyd) começam uma aventura...
A primeira temporada que compreende o primeiro livro A Bússola Dourada (filmado em 2007 de forma desastrosa por Chris Weitz com Nicole Kidman e Daniel Craig) é ambientada num mundo similar ao nosso, onde os seres humanos tem a sua alma fora do corpo, assumindo a forma física animal (o daemon) capaz de mudanças, fixando-se na puberdade numa forma animal definitiva.

O Dr. Carne (Clarke Peters) dá a Lyra um
instrumento inestimável para a sua jornada...
Vemos o explorador Lorde Asriel (James McAvoy de Vidro) levar uma criança de colo (uma menina) chamada Lyra para ser criada na Universidade Jordan protegida pelo “Santuário Escolástico”, pois seria o único lugar em que ela estaria segura das maquinações do Magisterium, instituição toda-poderosa que controla assuntos científicos e religiosos (muitas vezes chamados de filosóficos) conforme seus interesses, sendo uma organização extremamente influente neste mundo, onde o conhecimento é controlado, tendo um visual bem anos 30 / 40 não faltando dirigíveis nos céus, a marca visual de universos paralelos nos seriados desde a 2ª temporada (2006) de Doctor Who e Fringe.

Lyra é "adotada" pela bela e letal Ms. Marisa Coulter
(Ruth Wilson) que anseia moldá-la em algo "socialmente aceitável"...
Asriel pesquisa o “Pó” partícula elementar (alegoria que se encaixa desde a essência humana, ao átomo) citada na Bíblia desse universo e tida como a razão do pecado pelo Magisterium, que procura censurar a sua pesquisa.

Aliança sinistra: Lorde Boreal (Ariyon Bakare) e Ms. Coulter
sabem o que querem e coitado de quem ficar no caminho dos dois...
Mais tarde, aos 10 anos, acompanhamos a jovem, despachada e destemida Lyra Belacqua (a ótima Dafne Keen de Logan) que ao ganha do acadêmico Dr. Carne (Clarke Peters de The Wire) o aletiômetro, um instrumento "medidor da verdade", ou seja, utilizado para responder qualquer pergunta, que possui 36 símbolos e quatro ponteiros (deve-se girar três ponteiros para apontar para três símbolos, formando uma pergunta, sendo o quarto ponteiro para apontar para outros símbolos, dando a resposta).

O texano Lee Scoresby (Lin-Manuel Miranda) o intrépido
aeronauta a procura de um "amigo urso"...
Procurando o seu amiguinho Roger Paslow (o ótimo Lewin Lloyd) raptado por um grupo que leva crianças para Svalbart, um campo de concentração no Polo Norte, sendo inicialmente nesta busca “adotada” pela bela e perigosa Ms. Marisa Coulter (a ótima Ruth Wilson de Luther, numa performance impressionante) membro do Magisterium, que na verdade é responsável pelos experimentos que pretendem separar as crianças de seus daemons para “livrá-las do pecado e manter a sua pureza” só que tornando-as indivíduos ocos, apáticos. (“ -Tudo pelo Bem Maior...” diriam os padres do Magisterium) mas a impetuosa garota foge e segue o seu rumo, unindo-se aos gípcios, povo errante, liderados por Pai John Faa (Lucian Msamati) tendo entre eles Mãe Costa (Anne-Marie Duff, tocante) cujo filho Billy (Tyler Howitt) foi vítima desse processo.

O aletiômetro, o "medidor de verdade", ferramenta que
Lyra aprende a usar rapidamente...

O gípcio "Pai" Corran Van Texel (James Cosmo)
orienta Lyra (e o seu "Daemon") quanto aos perigos da jornada...
Ao longo de sua jornada (refazendo os passos da Jornada do Herói de Joseph Campbell) ela fará aliados como Lee Scoresby (o músico Lin-Manuel Miranda, ganhador de 3 Tonys, 3 Grammys e 1 Emmy) o “Han Solo” do grupo, Serafina Pekkala (Ruta Gedmintas) Rainha das Bruxas do Norte, antigo amor do gípcio Pai Coram van Texel (James Cosmo de Game of Thrones) tendo os dois um dos mais tocantes ( e tristes) momentos da temporada, além do personagem mais marcante do livro: Iorek Byrnison, um Panzer Bjorn (urso falante de armadura) que tem de lutar para retomar o seu trono de Rei dos Ursos, tomado por Iofur Raknison, um urso cúmplice do Magisterium. O CGI dos ursos é muito bom, apesar de usado com economia.

Separados pelo tempo: Serfina Pekkala (Ruta Gedmintas) e
"Pai" Coram Van Texel viveram o amor no passado
quando ele era jovem e tiveram um filho, que morreu...
Paralelo à trama principal, acompanhamos o sinistro Lorde Boreal (Ariyon Bakare) do Magisterium que usa uma passagem natural para o nosso universo, rondando Will Parry (Amir Wilson) filho de Elaine (Nina Sosanya) mulher mentalmente fragilizada e John Parry (Andrew Scott) explorador desaparecido numa expedição no Pólo Norte, surgindo aqui a inserção de personagens de A Faca Sutil, o segundo volume da saga, ficando aqui evidenciado a diferença entre os dois mundos, pois a tecnologia do mundo de Lyra é relativamente avançada, com o conhecimento da energia elétrica (energia anbárica) e o uso de veículos como carros, carroças e dirigíveis, cuja tecnologia é mais limitada em comparação à do mundo de Will, onde os carros são muito mais avançados e numerosos e já se usam os computadores e aviões.
Os valores de produção são impecáveis, apesar de um orçamento um pouco menor do que os de outras superproduções americanas como Roma ou Game of Thrones mas com um ótimo uso dos recursos disponíveis, como o desenho de produção de Joel Collins (Black Mirror) e a direção de arte de Claudio Campana (Roma) e Jon Horsham (Rogue One: Uma História Star Wars) criam espaços vastos (de inspiração totalitária) e esmagadores da figura humana nas instalações do Magisterium, o impecável apartamento de Ms. Coulter, o palácio dos ursos e os espaços austeros e de estilo fabril do campo de concentração, e os figurinos de Caroline McCall (Downton Abey) que caracteriza a elegância fria de Coulter, os trajes funcionais e despojados dos gípcios, a impessoalidade e a mecanicidade dos membros e funcionários do Magisterium. A fotografia contou com bons colaboradores, destacando-se Joel Devlin (Broken), Justin Brown (The End of the F***ing World), David Higgs (Churchill), Ole Bratt Birkeland (Utopia), Suzie Lavelle (Vikings) e David Luther (Black Sails) que souberam alternar as cores mais quentes no ambiente dos gípcios (ressaltando o calor humano) e os tons frios e mais impessoais nos ambientes relacionados ao Magisterium. A música de Lorne Balfe (Esquadrão 6) com seu tom poderoso é marcante, cujos acordes sutis refletem a perspectiva subjetiva dos personagens e suas aspirações.

Lorde Boreal conhece uma passagem natural para o
nosso universo, e o usa frequentemente...
O final impactante da temporada marca por sua coragem de ser fiel ao espírito da obra (coisa que o filme de 2007 não ousou...) não poupando os seus personagens, enfatizando o pensamento do autor de que crianças são seres inteligentes e fortes, merecendo ser tratados dessa forma pois só assim elas poderão se tornar adultos sadios e completos, capazes de encontrar o seu lugar neste ou em outros mundos...

O "veloz" balão de Lee: O controle que o "Magisterium"
exerce sore o conhecimento provocou o descompasso
tecnológico entre o mundo de Lyra, que parece ter
parado nos anos 1940, e o nosso...
Notas
* :"His dark materials to create more Worlds" -O título da série, é uma citação do livro “Paraíso Perdido” de John Milton, mais especificamente o livro 2.
**: Philip Pullman anteriormente tinha proposto a série o nome do primeiro livro"The Golden Compasses" também tomado de Paraíso Perdido, onde ele se refere ao pó, como "compassos", com qual Deus moldou o mundo, uma ideia também retratada na pintura de William Blake, O Eterno, outra inspiração para a série.

Ano que vem tem mais, pois a primeira e a segunda
temporada foram rodadas juntas!!!
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O filme de 2007: Nem Nicole Kidman e Daniel Craig evitaram o fiasco de um roteiro fraco e genérico... |
Recentemente sagrado Sir. Phillip Pullman, durante sua vida como professor de literatura em Oxford, concebeu uma história envolvendo elementos de fantasia, como feiticeiras, ursos polares falantes e daemons (representação da alma com forma de animal) empregando conceitos e ideias de uma ampla gama de campos, como a física, filosofia e a teologia numa obra direcionada ao público infanto-juvenil que não lhes subestima a inteligência ao instigar-lhe o gosto pelo debate e a discussão de idéias... fato que o faz ser considerado um dos 50 mais importantes autores ingleses pós-segunda guerra e conquistar uma legião de fãs que tal qual os seguidores de um certo bruxinho acompanham incansavelmente as suas narrativas fantásticas.
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Lord Asriel leva a pequena Lyra para a Universidade
Jordan invocando o "Santário Escolástico" para protegê-la... |
His Dark Materials (no Brasil Fronteiras do Universo) é uma série literária de fantasia e ficção-científica compreende a trilogia formada pelos livros A Bússola Dourada (1995), A Faca Sutil (1997) e A Luneta Âmbar (2000). A série segue o amadurecimento de duas crianças, Lyra Belacqua e Will Parry, em sua jornada por uma série de universos paralelos com um pano de fundo de eventos épicos, parcialmente inspirada no poema Paraíso Perdido, de John Milton, a trilogia reinterpreta o tema da queda da humanidade, sendo alvo de controvérsia por conta de seus aspectos de crítica à religião. Jack Thorne (que adaptou o universo de Harry Potter para o teatro, num espetáculo de muito sucesso), produzida pelo canal britânico BBC One (Durante a produção da série, a HBO comprou os direitos de exibição internacional.) em parceria com a New Line Cinema e a Bad Wolf (ex-produtora de Doctor Who), filmado em Cardiff, no País de Gales, sendo os 2 primeiros episódios dirigidos por Tom Hooper (O Discurso do Rei, Cats).
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10 anos depois a Levada Lyra Belaqua (Dafne Keen) e seu
amigo Roger Paslow (Lewin Loyd) começam uma aventura... |
A primeira temporada que compreende o primeiro livro A Bússola Dourada (filmado em 2007 de forma desastrosa por Chris Weitz com Nicole Kidman e Daniel Craig) é ambientada num mundo similar ao nosso, onde os seres humanos tem a sua alma fora do corpo, assumindo a forma física animal (o daemon) capaz de mudanças, fixando-se na puberdade numa forma animal definitiva.
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O Dr. Carne (Clarke Peters) dá a Lyra um
instrumento inestimável para a sua jornada... |
Vemos o explorador Lorde Asriel (James McAvoy de Vidro) levar uma criança de colo (uma menina) chamada Lyra para ser criada na Universidade Jordan protegida pelo “Santuário Escolástico”, pois seria o único lugar em que ela estaria segura das maquinações do Magisterium, instituição toda-poderosa que controla assuntos científicos e religiosos (muitas vezes chamados de filosóficos) conforme seus interesses, sendo uma organização extremamente influente neste mundo, onde o conhecimento é controlado, tendo um visual bem anos 30 / 40 não faltando dirigíveis nos céus, a marca visual de universos paralelos nos seriados desde a 2ª temporada (2006) de Doctor Who e Fringe.
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Lyra é "adotada" pela bela e letal Ms. Marisa Coulter
(Ruth Wilson) que anseia moldá-la em algo "socialmente aceitável"... |
Asriel pesquisa o “Pó” partícula elementar (alegoria que se encaixa desde a essência humana, ao átomo) citada na Bíblia desse universo e tida como a razão do pecado pelo Magisterium, que procura censurar a sua pesquisa.
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Aliança sinistra: Lorde Boreal (Ariyon Bakare) e Ms. Coulter
sabem o que querem e coitado de quem ficar no caminho dos dois... |
Mais tarde, aos 10 anos, acompanhamos a jovem, despachada e destemida Lyra Belacqua (a ótima Dafne Keen de Logan) que ao ganha do acadêmico Dr. Carne (Clarke Peters de The Wire) o aletiômetro, um instrumento "medidor da verdade", ou seja, utilizado para responder qualquer pergunta, que possui 36 símbolos e quatro ponteiros (deve-se girar três ponteiros para apontar para três símbolos, formando uma pergunta, sendo o quarto ponteiro para apontar para outros símbolos, dando a resposta).
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O texano Lee Scoresby (Lin-Manuel Miranda) o intrépido aeronauta a procura de um "amigo urso"... |
Procurando o seu amiguinho Roger Paslow (o ótimo Lewin Lloyd) raptado por um grupo que leva crianças para Svalbart, um campo de concentração no Polo Norte, sendo inicialmente nesta busca “adotada” pela bela e perigosa Ms. Marisa Coulter (a ótima Ruth Wilson de Luther, numa performance impressionante) membro do Magisterium, que na verdade é responsável pelos experimentos que pretendem separar as crianças de seus daemons para “livrá-las do pecado e manter a sua pureza” só que tornando-as indivíduos ocos, apáticos. (“ -Tudo pelo Bem Maior...” diriam os padres do Magisterium) mas a impetuosa garota foge e segue o seu rumo, unindo-se aos gípcios, povo errante, liderados por Pai John Faa (Lucian Msamati) tendo entre eles Mãe Costa (Anne-Marie Duff, tocante) cujo filho Billy (Tyler Howitt) foi vítima desse processo.
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O aletiômetro, o "medidor de verdade", ferramenta que Lyra aprende a usar rapidamente...
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Ao longo de sua jornada (refazendo os passos da Jornada do Herói de Joseph Campbell) ela fará aliados como Lee Scoresby (o músico Lin-Manuel Miranda, ganhador de 3 Tonys, 3 Grammys e 1 Emmy) o “Han Solo” do grupo, Serafina Pekkala (Ruta Gedmintas) Rainha das Bruxas do Norte, antigo amor do gípcio Pai Coram van Texel (James Cosmo de Game of Thrones) tendo os dois um dos mais tocantes ( e tristes) momentos da temporada, além do personagem mais marcante do livro: Iorek Byrnison, um Panzer Bjorn (urso falante de armadura) que tem de lutar para retomar o seu trono de Rei dos Ursos, tomado por Iofur Raknison, um urso cúmplice do Magisterium. O CGI dos ursos é muito bom, apesar de usado com economia.
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Separados pelo tempo: Serfina Pekkala (Ruta Gedmintas) e
"Pai" Coram Van Texel viveram o amor no passado
quando ele era jovem e tiveram um filho, que morreu...
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Paralelo à trama principal, acompanhamos o sinistro Lorde Boreal (Ariyon Bakare) do Magisterium que usa uma passagem natural para o nosso universo, rondando Will Parry (Amir Wilson) filho de Elaine (Nina Sosanya) mulher mentalmente fragilizada e John Parry (Andrew Scott) explorador desaparecido numa expedição no Pólo Norte, surgindo aqui a inserção de personagens de A Faca Sutil, o segundo volume da saga, ficando aqui evidenciado a diferença entre os dois mundos, pois a tecnologia do mundo de Lyra é relativamente avançada, com o conhecimento da energia elétrica (energia anbárica) e o uso de veículos como carros, carroças e dirigíveis, cuja tecnologia é mais limitada em comparação à do mundo de Will, onde os carros são muito mais avançados e numerosos e já se usam os computadores e aviões.
Os valores de produção são impecáveis, apesar de um orçamento um pouco menor do que os de outras superproduções americanas como Roma ou Game of Thrones mas com um ótimo uso dos recursos disponíveis, como o desenho de produção de Joel Collins (Black Mirror) e a direção de arte de Claudio Campana (Roma) e Jon Horsham (Rogue One: Uma História Star Wars) criam espaços vastos (de inspiração totalitária) e esmagadores da figura humana nas instalações do Magisterium, o impecável apartamento de Ms. Coulter, o palácio dos ursos e os espaços austeros e de estilo fabril do campo de concentração, e os figurinos de Caroline McCall (Downton Abey) que caracteriza a elegância fria de Coulter, os trajes funcionais e despojados dos gípcios, a impessoalidade e a mecanicidade dos membros e funcionários do Magisterium. A fotografia contou com bons colaboradores, destacando-se Joel Devlin (Broken), Justin Brown (The End of the F***ing World), David Higgs (Churchill), Ole Bratt Birkeland (Utopia), Suzie Lavelle (Vikings) e David Luther (Black Sails) que souberam alternar as cores mais quentes no ambiente dos gípcios (ressaltando o calor humano) e os tons frios e mais impessoais nos ambientes relacionados ao Magisterium. A música de Lorne Balfe (Esquadrão 6) com seu tom poderoso é marcante, cujos acordes sutis refletem a perspectiva subjetiva dos personagens e suas aspirações.
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Lorde Boreal conhece uma passagem natural para o
nosso universo, e o usa frequentemente... |
O final impactante da temporada marca por sua coragem de ser fiel ao espírito da obra (coisa que o filme de 2007 não ousou...) não poupando os seus personagens, enfatizando o pensamento do autor de que crianças são seres inteligentes e fortes, merecendo ser tratados dessa forma pois só assim elas poderão se tornar adultos sadios e completos, capazes de encontrar o seu lugar neste ou em outros mundos...
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O "veloz" balão de Lee: O controle que o "Magisterium"
exerce sore o conhecimento provocou o descompasso
tecnológico entre o mundo de Lyra, que parece ter
parado nos anos 1940, e o nosso...
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Ano que vem tem mais, pois a primeira e a segunda
temporada foram rodadas juntas!!!
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