quinta-feira, 17 de agosto de 2023

A Rainha do Technicolor! - In Memorian - Maureen O´Hara


Sereia irlandesa



por Alexandre César
(Originalmente postado em 17/ 08/ 2018)

Uma das mais belas (e coloridas) estrelas de Hollywood
 
A mais bela Esmeralda já feita em "O Corcunda de Notre Dame" (1939)

 Uma Irlandesa de parar o trânsito, com longos cabelos ruivos e olhos verdes dignos de uma sereia, e de um olhar inteligente, que rivalizava com as paixões que suas personagens desencadeava.
 
 
Como uma aristocrata em "O Cisne Negro" (1942).

Nascida Maureen FitzSimons ( ⭐ Dublin, 17 de agosto de 1920 - ✝ Boise, 24 de outubro de 2015) foi uma atriz e cantora irlandesa. Conhecida no cinema por interpretar heroínas fortes e apaixonantes com notável sensibilidade. Trabalhou diversas vezes com o diretor John Ford e com John Wayne, seu amigo de longa data. Sua autobiografia, intitulada “Tis Herself”, foi publicada em 2004 e tornou-se um best-seller do New York Times.

Com o segundo marido William Houston Price E sua única filha Bronyn FitzSimons Price


Segunda filha mais velha de cinco filhos. O pai dela era um empresário do ramo de roupas, que também comprou o Shamrock Rovers Football Club, time que a atriz apoia desde a infância. Sua mãe, uma ex-contralto de óperas, era uma costureira de trajes femininos bem sucedida. O'Hara foi criada como católica, religião que seguiu até a sua morte. Frequentou a Abbey Theatre, uma escola de representação, e a Ena Mary Burke School of Drama and Elocution, em Dublin. Dos seis aos dezessete anos, ela recebeu treinamento em drama, canto e dança.

Com Errol Flynn em "Contra todas as Bandeiras" (1952)

Seu pai insistiu que ela aprendesse alguma coisa para o caso de sua carreira como atriz não desse certo. Então, ela se matriculou em uma escola de negócios e tornou-se uma eficiente contadora e datilógrafa. Tais habilidades vieram a ser úteis anos mais tarde, quando ela precisou transcrever notas de John Ford sobre a adaptação cinematográfica de John Ford sobre a adaptação cinematográfica de O Homem Tranquilo (1952), conto de Maurice Walsh. Ela se saiu bem em seu treinamento na escola Abbey, por isso ganhou a oportunidade de fazer um teste em Londres para o cinema. Ela fez uma ponta em seu primeiro filme Kicking the Moon Around (1938) de Walter Forde, em Londres. No ano seguinte contracenou com Charles Laughton em A Estalagem Maldita, de Alfred Hitchcock. Fascinado pela ruiva de olhos verdes, Laughton levou-a para Hollywood, onde voltaram a atuar juntos no clássico O Corcunda de Notre Dame (1939) de William Dieterle, baseado na obra de Victor Hugo. O’Hara entrou para a história do horror como a mais sedutora intérprete de Esmeralda nas telas.
 
 
Como a Princesa da Tunísia em "Paixão de Beduíno" (1951) de Charles Lamont

Atuou em clássicos de capa-e-espada como O Cisne Negro (1942) de Henry King, O Pirata dos Sete Mares (1945) de Frank Borzage, Contra Todas as Bandeiras (1952) de George Sherman ou dramas de guerra como Dez Cavalheiros de West Point (1942) de Henry Hathaway, (1942), Esta Terra é Minha (1943) de Jean Renoir, ou filmes noir como O Beijo da Traição (1943) de Richard Wallace ou comédia como De Ilusão Também se Vive de George Seaton e dramas como Débil é a Carne de John M. Stahl, ambos de 1947.

Com o amigão John Wayne, com quem fez muitos filmes, em "O Homem Tranquilo" (1952) do também amigo, John Ford


Era chamada de “A Rainha do Technicolor”, pois o seu cabelo ruivo e lindos olhos verdes brilhavam como o de ninguém no colorido perfeito que teve o auge nos anos 1950...
 
 
Como a personagem central de "O Suplício de Lady Godiva" (1955) de Arthur Lubin 

Foi a favorita de John Ford,  que dirigiu-a em Como Era Verde o Meu Vale (1941) e A Paixão de uma Vida (1955), além de Rio Bravo (1950), (1950), Depois do Vendaval (1952, com seus irmãos Sean McClory e Charles FitzSimons) e Asas de Águias (1957), nos quais formou par romântico com John Wayne, ao lado de quem fez também  Quando Um Homem É Homem (1963) e Jake Grandão (1971). Após 20 anos longe das telas, retornou em Mamãe Não Quer Que Eu Case (1991) de Chris Columbus, e atuou em alguns telefilmes.
 
 
Com Charles Laughton em "Está terra é Minha" (1943) de Jean Renoir

Casou-se Três vezes, Em 1939, aos 19 anos de idade, com George H. Brown, produtor, assistente de produção e roteirista, casamento que foi anulado em 1941. No mesmo ano, se casou com William Houston Price, diretor com quem teve a sua única filha (Bronwyn FitzSimons Price), divorciando-se ao fim de 1953 devido alcoolismo de Price. Charles F. Blair Júnior, seu terceiro marido, em 12 de março de 1968. Blair era um pioneiro na indústria transatlântica de aviação, um ex-brigadeiro da Força Aérea dos Estados Unidos e piloto chefe aposentado da Pan Am. Alguns anos após o seu casamento, O'Hara aposentou-se da carreira como atriz. Em 1978, Blair morreu em decorrência de um acidente aéreo. O'Hara, então, foi eleita CEO e presidente da Antilles Airboats, com a distinção de ser a primeira mulher a presidir uma empresa área regular nos Estados Unidos. Mais tarde, ela vendeu a companhia com a permissão dos acionistas.

Com Robert Lowery em "Quando um Homem é Homem" (1963) de Andrew V. McLaglen
 
Ao longo de sua prolífica carreira nunca recebeu sequer uma indicação ao Oscar, mas em 2014 a Academia finalmente reconheceu seu talento e a premiou com um troféu especial.
 
 
Quando conheceu Fidel Castro durante as filmagens de "Nosso Homem em Havana" (1959) de Carol Reed

 
Segundo o seu manager, John Nicoletti, morreu aos 95 anos na sua casa em Boise, no estado norte-americano de Idaho, rodeada pela família e a ouvir "a sua música preferida", exatamente do filme O Homem Tranquilo.
 
Uma de sua últimas aparições públicas nos anos 1990

 
Sua imagem persiste na lembrança dos cinéfilos como a do perfeito casamento entre beleza, talento, inteligência e equilíbrio dentro e fora das telas.

Estátua de John Wayne e Mureen O'Hara, reproduzindo a cena marcante de "O Homem Tranquilo"

 
"Ela é a única mulher que posso dizer que tem sido realmente minha amiga ao longo dos anos, no que realmente significa ser uma amiga real, como se ela fosse um homem. Esta mulher é Maureen O'Hara. Ela é grande, exuberante, absolutamente maravilhosa —definitivamente o meu tipo de mulher. Ela é um grande cara. Eu tenho vários amigos, e normalmente a maioria deles são homens. Exceto por Maureen O'Hara".
—John Wayne sobre Maureen O'Hara
 
 
"Ela fazia chover..."

 

0 comentários:

Postar um comentário