O Rolo compressor da Marvel II – A Missão
O Rolo compressor da Marvel II – A Missão
por Alexandre César
(Originalmente postado em 01/ 05/ 2019)
A Era de Ouro da Marvel se fecha em grande estilo

O acerto de contas com Thanos...
Fim de uma era. Uma era contida num arco de 22 filmes em 11 anos. Iniciando-se com Homem de Ferro (2008) de Jon Favreau, a Marvel Studios sem
que ningém pudesse imaginar estava iniciando um Muito bem arquitetado e
coeso plano de dominação global do universo pop. Orquestrado por Kevin
Feige, que interligou todos esses filmes com a meticulosidade típica de
um super-vilão, o UCM (Universo Cinematográfico Marvel)
apresentou brilhantemente mais de trinta heróis dos quadrinhos nas
telonas (com filmes muito bons, e alguns nem tanto...) tendo como base
alguns personagens que sequer eram tão conhecido fora das HQs e se
tornaram ícones do cinema, e em termos emocionais verdadeiros membros da
família dos espectadores, dificultando falar destes filmes de forma não
- emocional, pois nos apaixonamos por esse universo e nos importamos
com o destino de seus personagens, sendo difícil separar o critico do
fã, quando assistimos não apenas à um filme, mas ao fechamento deste
arco numa mistura de sentimentos a que é impossível ficar indiferente.

A relação de Clint Barton (Jeremy Renner) e sua família reflete como ficam as pessoas normais num contexto maior e cósmico...
Novamente dirigido pelos irmãos Joe e Anthony Russo, Vingadores: Ultimato (2019) é o fim de tudo aquilo que conhecíamos (até agora) e amávamos sobre esse universo, sendo a aventura final dos Vingadores,
mantendo em suas três horas de duração uma enorme tensão no ar,
deixando o espectador sentir o peso da responsabilidade do cumprimento
de sua missão. É tudo ou nada, mas como diz o nosso amado Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) "- Parte da jornada é o fim”.

Cérebro versus coração:Tony Stark (Robert Downey Jr.) e Steve Rogers (Chris Evans) acertam as suas diferenças e seus elos de forma consistente
A história começa 23 dias após os eventos de Guerra Infinita (2018) quando o vilão Thanos
(Josh Brolin, agora assumindo mais o seu lado vilanesco, deixando de
lado o tom de “jornada sagrada” a que vinha seguindo desde o filme
anterior) foi bem sucedido com seu plano de dizimar metade dos seres do
universo (alguns heróis inclusos) além dos entes queridos dos
sobreviventes.

Segundo round: Para acabar com Thanos, todos se reúnem e, partem para a briga.
Agora, os protagonistas originais de Os Vingadores (2012 de Joss Whedon) se reúnem para destruir Thanos de uma vez por todas, mas antes tentar salvar aqueles que “viraram pó” após o vilão estalar seus dedos com a Manopla do Infinito.
Vemos os resultados desse estalar de dedos, e como o mundo não
conseguiu se recuperar de suas perdas; numa palheta de cores
acinzentadas e frias (ponto para a fotografia de Trent Opaloch) vemos
ruas vazias, prédios mal-cuidados. Lamentos. Mesmo as pessoas que
tentam seguir em frente – incluindo Vingadores–
não conseguem esquecer o que aconteceu. A sensação do primeiro ato do
filme é de perda constante, ditando o ritmo e o tom do resto do filme
(fosse este um outro filme, estaríamos vendo um mundo “pós-arrebatamento”...)
sendo o filme preciso em transmitir a dor daqueles que ficaram com um
gosto amargo, a sensação de abandono, além do pensamento de “vale a pena continuar???”
Enquanto esse dilema impera entre todos, uma nova chance de impedir
estes eventos surge dentro das narrativas do próprio universo
construído, mas com um time reduzido pelas perdas, o trabalho em equipe e
a cooperação entre os heróis precisar ser mais concreta.
Se a primeira aventura dos “Heróis mais Poderosos da Terra”
se mostrou um marco do cinema ao provar ser possível juntar um número
exorbitante de astros em um mesmo projeto mantendo um equilíbrio
narrativo coerente sem cair naquela coisa dos filmes do cinema -
desastre dos anos 1970 em que se tinham estrelas fazendo papéis curtos e
irrelevantes (e depois morriam...). Mas era também o começo do fim, no
momento em que se entrelaçaram as jornadas do Homem de Ferro, Capitão América, Thor, Hulk, Gavião Arqueiro e Viúva Negra.

Clint, Scott Lang (Paul Rudd) e Nebula (Karen Gillan). Rartindo para a guerra, mas com estilo
Aprofundando seus personagens, vemos finalmente o conflito entre Steve Rogers, o Capitão América (Chris Evans) e Tony Stark, o Homem de Ferro se completar,
mostrando as diferenças entre os personagens num desfecho digno para a
divergência de visões de mundo iniciada e que se potencializou em Capitão América: Guerra Civil (2016) sendo estimulante ver a química entre Evans e Downey Jr. seja trabalhando em equipe ou discutindo vigorosamente.
Thor (Chris Hemsworth) ressurge com uma nova roupagem, diferente da que encarnava desde Thor: Ragnarok (2017)
retratado de uma forma que pode não agradar a todos, perdendo muito da
sua aura quase incorruptível, mas encontrando o tom do personagem, mais
adequado ao timing cômico do ator, firmando uma trindade do UCM,
pois Stark é a razão, o cálculo frio que planejou todo o arco de
filmes; Rogers é a emoção, a essência que tornou estes personagens reais
para nós, fazendo que nós os amássemos; e Thor é a diversão, a zoeira, o
lado lúdico sempre presente neste universo, e que seguirá no próximo
ciclo. Os roteiristas Christopher Markus e Stephen McFeely acertam em
cheio ao definir estes três pilares do UCM.

Rocket Racoon e Nebula: Os párias que procuram espaço e identidade próprias.
Além dos três principais, aqui, Natasha Romanoff, a Viúva Negra (Scarlett Johansson), Bruce Banner, o Hulk (Mark Ruffalo) e Clint Barton, o Gavião Arqueiro (Jeremy
Renner) finalmente ganham o destaque que sempre mereceram, pois embora
integrassem o time principal, não estrelaram filmes solos (excetuando, O Incrível Hulk de
2008) sendo o arco de perda, revolta e reencontro de Barton com a sua
família o melhor exemplo do drama humano em meio a um contexto maior do
que o das coisas simples da vida cotidiana.Todos terão um desfecho digno
neste fim de jornada para alguns deles – que por uma razão ou outra,
não irão mais retornar...

Rhodes, Romanoff, Rogers e Lang: "Marvel Fashion Week"...
Se juntando aos nossos heróis principais estão Scott Lang, o Homem-Formiga (Paul Rudd, que traz a solução na viagem temporal), Nebula (Karen Gillan) e Rocket (voz
de Bradley Cooper) - ótimas adições para o desenvolver a narrativa e
ótimos alívios cômicos no maiores momentos de tensão. A forma como a
viagem no tempo é usada é criativa e muito bem explicada, sem deixar que
isso se torne algo simplista ou pouco emocionante. Essa ferramenta
narrativa é tão bem utilizada que gera cenas divertidas e outras muito
emocionantes, mostrando surpresas, easter-eggs e referências, tornando o filme num enorme fanservice que
revisita todas as nossas memórias sobre esse universo, expandindo tudo
que foi construído, reservando no caminho, alguns dramas que desafiarão
até ao mais forte dos cinéfilos a derramar algumas lágrimas.

A nave fortaleza de Thanos: Percebe-se onde foi aplicado cada centavo dos 500 milhões
de dólares do orçamento (estimado) do filme
As três horas, se revelam necessárias para contar a história, sem
tempo perdido,ou enrolação, de forma enxuta, dificultando imaginar como o
ele seria com qualquer uma de suas cenas diminuídas ou retiradas, e
mantendo o foco na coesão narrativa, não perdendo o espectador em nenhum
momento. A maquiagem e os efeitos visuais mais uma vez são capazes de
tornar mudanças causadas pelo tempo extremamente realistas. Embora já
vislumbrado em Capitã Marvel (2019) esse recurso aqui é usado em várias cenas de forma impressionante.

Clint Barton como Ronin: Existem citações a sagas dos quadrinhos como "Império Secreto" entre outras
O miolo do filme é um verdadeiro deleite para os fãs de longa data do UCM, sendo um grande show de fanservice, tornando
o filme (embalado pela trilha esperta de Alan Silvestri) cada vez mais
parecido com uma história em quadrinhos. Nós já vimos outras cenas
épicas de combate em equipe ao longo dos filmes, mas Ultimato consegue apresentar sequências que ainda assim são capazes de encher nossos olhos, como o “Momento Girl Power”, um belo plano-sequência que vai perfilando todas as heroínas uma a uma mostrando que embora a “distinta concorrência” tenha a pioneira princesa amazona, a “Casa das Idéias” já coloca um extenso, diverso e representativo número de mulheres empoderadas nas suas hostes.

Equipe desfalcada: Máquina de Combate e Homem-Formiga fazem o possível para suprir
as carências do grupo.
Apesar de todas as suas qualidades, o filme tem pontos que poderiam ser
melhor trabalhados. O principal deles talvez seja a participação da Capitã Marvel, pois ao contrário dos demais heróis, Carol Danvers (Brie
Larson) parece nunca se encaixar de fato na ação em equipe, deixando a
sensação de que a personagem está sobrando nessa história, ficando claro
que certas cenas foram filmadas e inseridas posteriormente no filme,
algo que a edição não conseguiu disfarçar.

A base dos Vingadores é o cenário da grande batalha final.
Vingadores: Ultimato é,
mais do que tudo, um emocionante presente de fã para os fãs, feito com
carinho e cuidado com cada detalhe. A sensação final, é a de que mais
que um mero filme de heróis, temos uma grandiosa conclusão da aventura
de personagens muito queridos, que nos ganharam ao longo dos anos,
gerando lágrimas sinceras a esse belo desfecho, que coloca fim não a uma
fase, mas a uma era inteira, pois o UCM como o conhecíamos, acabou.

Calor da batalha: Tony Stark mostra porque ele é o Homem de Ferro.
Cronologicamente será dito que este foi o fim da Era de Ouro do Universo Cinematográfico Marvel. Mas, como será a Era de Prata? É provável, já que agora a Marvel Studios tem Quarteto Fantástico e X-Men à sua disposição, graças à compra da FOX pela Disney,
que estes passem a transitar pelos próximos filmes, mas será um novo
universo, praticamente criado do zero. Será algo desafiante, e muitos
dirão que não é bom em comparação à Era de Ouro, mas em sua Gênese, como a celebração do humano imperfeito, a Marvel surgiu com pujança na Era de Prata dos Quadrinhos... Certo DC Comics?
Obs: Na sessão exibida, não constou nenhuma cena pós-créditos.

" ♪♫ - Caminhando e cantando e seguindo a canção... ♪♫ "
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O acerto de contas com Thanos... |
Fim de uma era. Uma era contida num arco de 22 filmes em 11 anos. Iniciando-se com Homem de Ferro (2008) de Jon Favreau, a Marvel Studios sem que ningém pudesse imaginar estava iniciando um Muito bem arquitetado e coeso plano de dominação global do universo pop. Orquestrado por Kevin Feige, que interligou todos esses filmes com a meticulosidade típica de um super-vilão, o UCM (Universo Cinematográfico Marvel) apresentou brilhantemente mais de trinta heróis dos quadrinhos nas telonas (com filmes muito bons, e alguns nem tanto...) tendo como base alguns personagens que sequer eram tão conhecido fora das HQs e se tornaram ícones do cinema, e em termos emocionais verdadeiros membros da família dos espectadores, dificultando falar destes filmes de forma não - emocional, pois nos apaixonamos por esse universo e nos importamos com o destino de seus personagens, sendo difícil separar o critico do fã, quando assistimos não apenas à um filme, mas ao fechamento deste arco numa mistura de sentimentos a que é impossível ficar indiferente.
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A relação de Clint Barton (Jeremy Renner) e sua família reflete como ficam as pessoas normais num contexto maior e cósmico...
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Novamente dirigido pelos irmãos Joe e Anthony Russo, Vingadores: Ultimato (2019) é o fim de tudo aquilo que conhecíamos (até agora) e amávamos sobre esse universo, sendo a aventura final dos Vingadores, mantendo em suas três horas de duração uma enorme tensão no ar, deixando o espectador sentir o peso da responsabilidade do cumprimento de sua missão. É tudo ou nada, mas como diz o nosso amado Homem de Ferro (Robert Downey Jr.) "- Parte da jornada é o fim”.
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Cérebro versus coração:Tony Stark (Robert Downey Jr.) e Steve Rogers (Chris Evans) acertam as suas diferenças e seus elos de forma consistente
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A história começa 23 dias após os eventos de Guerra Infinita (2018) quando o vilão Thanos (Josh Brolin, agora assumindo mais o seu lado vilanesco, deixando de lado o tom de “jornada sagrada” a que vinha seguindo desde o filme anterior) foi bem sucedido com seu plano de dizimar metade dos seres do universo (alguns heróis inclusos) além dos entes queridos dos sobreviventes.
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Segundo round: Para acabar com Thanos, todos se reúnem e, partem para a briga.
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Agora, os protagonistas originais de Os Vingadores (2012 de Joss Whedon) se reúnem para destruir Thanos de uma vez por todas, mas antes tentar salvar aqueles que “viraram pó” após o vilão estalar seus dedos com a Manopla do Infinito.
Vemos os resultados desse estalar de dedos, e como o mundo não
conseguiu se recuperar de suas perdas; numa palheta de cores
acinzentadas e frias (ponto para a fotografia de Trent Opaloch) vemos
ruas vazias, prédios mal-cuidados. Lamentos. Mesmo as pessoas que
tentam seguir em frente – incluindo Vingadores–
não conseguem esquecer o que aconteceu. A sensação do primeiro ato do
filme é de perda constante, ditando o ritmo e o tom do resto do filme
(fosse este um outro filme, estaríamos vendo um mundo “pós-arrebatamento”...)
sendo o filme preciso em transmitir a dor daqueles que ficaram com um
gosto amargo, a sensação de abandono, além do pensamento de “vale a pena continuar???”
Enquanto esse dilema impera entre todos, uma nova chance de impedir
estes eventos surge dentro das narrativas do próprio universo
construído, mas com um time reduzido pelas perdas, o trabalho em equipe e
a cooperação entre os heróis precisar ser mais concreta.
Se a primeira aventura dos “Heróis mais Poderosos da Terra”
se mostrou um marco do cinema ao provar ser possível juntar um número
exorbitante de astros em um mesmo projeto mantendo um equilíbrio
narrativo coerente sem cair naquela coisa dos filmes do cinema -
desastre dos anos 1970 em que se tinham estrelas fazendo papéis curtos e
irrelevantes (e depois morriam...). Mas era também o começo do fim, no
momento em que se entrelaçaram as jornadas do Homem de Ferro, Capitão América, Thor, Hulk, Gavião Arqueiro e Viúva Negra.
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Clint, Scott Lang (Paul Rudd) e Nebula (Karen Gillan). Rartindo para a guerra, mas com estilo
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Aprofundando seus personagens, vemos finalmente o conflito entre Steve Rogers, o Capitão América (Chris Evans) e Tony Stark, o Homem de Ferro se completar,
mostrando as diferenças entre os personagens num desfecho digno para a
divergência de visões de mundo iniciada e que se potencializou em Capitão América: Guerra Civil (2016) sendo estimulante ver a química entre Evans e Downey Jr. seja trabalhando em equipe ou discutindo vigorosamente.
Thor (Chris Hemsworth) ressurge com uma nova roupagem, diferente da que encarnava desde Thor: Ragnarok (2017)
retratado de uma forma que pode não agradar a todos, perdendo muito da
sua aura quase incorruptível, mas encontrando o tom do personagem, mais
adequado ao timing cômico do ator, firmando uma trindade do UCM,
pois Stark é a razão, o cálculo frio que planejou todo o arco de
filmes; Rogers é a emoção, a essência que tornou estes personagens reais
para nós, fazendo que nós os amássemos; e Thor é a diversão, a zoeira, o
lado lúdico sempre presente neste universo, e que seguirá no próximo
ciclo. Os roteiristas Christopher Markus e Stephen McFeely acertam em
cheio ao definir estes três pilares do UCM.
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Rocket Racoon e Nebula: Os párias que procuram espaço e identidade próprias.
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Além dos três principais, aqui, Natasha Romanoff, a Viúva Negra (Scarlett Johansson), Bruce Banner, o Hulk (Mark Ruffalo) e Clint Barton, o Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) finalmente ganham o destaque que sempre mereceram, pois embora integrassem o time principal, não estrelaram filmes solos (excetuando, O Incrível Hulk de 2008) sendo o arco de perda, revolta e reencontro de Barton com a sua família o melhor exemplo do drama humano em meio a um contexto maior do que o das coisas simples da vida cotidiana.Todos terão um desfecho digno neste fim de jornada para alguns deles – que por uma razão ou outra, não irão mais retornar...
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Rhodes, Romanoff, Rogers e Lang: "Marvel Fashion Week"...
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Se juntando aos nossos heróis principais estão Scott Lang, o Homem-Formiga (Paul Rudd, que traz a solução na viagem temporal), Nebula (Karen Gillan) e Rocket (voz
de Bradley Cooper) - ótimas adições para o desenvolver a narrativa e
ótimos alívios cômicos no maiores momentos de tensão. A forma como a
viagem no tempo é usada é criativa e muito bem explicada, sem deixar que
isso se torne algo simplista ou pouco emocionante. Essa ferramenta
narrativa é tão bem utilizada que gera cenas divertidas e outras muito
emocionantes, mostrando surpresas, easter-eggs e referências, tornando o filme num enorme fanservice que
revisita todas as nossas memórias sobre esse universo, expandindo tudo
que foi construído, reservando no caminho, alguns dramas que desafiarão
até ao mais forte dos cinéfilos a derramar algumas lágrimas.
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A nave fortaleza de Thanos: Percebe-se onde foi aplicado cada centavo dos 500 milhões
de dólares do orçamento (estimado) do filme
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As três horas, se revelam necessárias para contar a história, sem
tempo perdido,ou enrolação, de forma enxuta, dificultando imaginar como o
ele seria com qualquer uma de suas cenas diminuídas ou retiradas, e
mantendo o foco na coesão narrativa, não perdendo o espectador em nenhum
momento. A maquiagem e os efeitos visuais mais uma vez são capazes de
tornar mudanças causadas pelo tempo extremamente realistas. Embora já
vislumbrado em Capitã Marvel (2019) esse recurso aqui é usado em várias cenas de forma impressionante.
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Clint Barton como Ronin: Existem citações a sagas dos quadrinhos como "Império Secreto" entre outras
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O miolo do filme é um verdadeiro deleite para os fãs de longa data do UCM, sendo um grande show de fanservice, tornando
o filme (embalado pela trilha esperta de Alan Silvestri) cada vez mais
parecido com uma história em quadrinhos. Nós já vimos outras cenas
épicas de combate em equipe ao longo dos filmes, mas Ultimato consegue apresentar sequências que ainda assim são capazes de encher nossos olhos, como o “Momento Girl Power”, um belo plano-sequência que vai perfilando todas as heroínas uma a uma mostrando que embora a “distinta concorrência” tenha a pioneira princesa amazona, a “Casa das Idéias” já coloca um extenso, diverso e representativo número de mulheres empoderadas nas suas hostes.
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Equipe desfalcada: Máquina de Combate e Homem-Formiga fazem o possível para suprir
as carências do grupo.
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Apesar de todas as suas qualidades, o filme tem pontos que poderiam ser
melhor trabalhados. O principal deles talvez seja a participação da Capitã Marvel, pois ao contrário dos demais heróis, Carol Danvers (Brie
Larson) parece nunca se encaixar de fato na ação em equipe, deixando a
sensação de que a personagem está sobrando nessa história, ficando claro
que certas cenas foram filmadas e inseridas posteriormente no filme,
algo que a edição não conseguiu disfarçar.
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A base dos Vingadores é o cenário da grande batalha final.
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Vingadores: Ultimato é,
mais do que tudo, um emocionante presente de fã para os fãs, feito com
carinho e cuidado com cada detalhe. A sensação final, é a de que mais
que um mero filme de heróis, temos uma grandiosa conclusão da aventura
de personagens muito queridos, que nos ganharam ao longo dos anos,
gerando lágrimas sinceras a esse belo desfecho, que coloca fim não a uma
fase, mas a uma era inteira, pois o UCM como o conhecíamos, acabou.
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Calor da batalha: Tony Stark mostra porque ele é o Homem de Ferro.
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Cronologicamente será dito que este foi o fim da Era de Ouro do Universo Cinematográfico Marvel. Mas, como será a Era de Prata? É provável, já que agora a Marvel Studios tem Quarteto Fantástico e X-Men à sua disposição, graças à compra da FOX pela Disney,
que estes passem a transitar pelos próximos filmes, mas será um novo
universo, praticamente criado do zero. Será algo desafiante, e muitos
dirão que não é bom em comparação à Era de Ouro, mas em sua Gênese, como a celebração do humano imperfeito, a Marvel surgiu com pujança na Era de Prata dos Quadrinhos... Certo DC Comics?
Obs: Na sessão exibida, não constou nenhuma cena pós-créditos.
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